domingo, 20 de outubro de 2019
Manifestantes "Coringa" crescem em Beirut
Quando o Líbano tentou cobrar por chamadas de WhatsApp,a população não deixou: com a medida,o ministro de telecomunicações Mohamed Choucair desejava aumentar a receita do país - e protestantes aproveitaram para contestar contra outras medidas
Choucair havia proposto uma cobrança de cerca de 20 centavos em libra libanesa por chamada,o que seria o equivalente a 0,80 centavos em reais. A proposta no entanto não conseguiu sequer ser aprovada – logo após o anúncio,manifestantes e reuniram na frente da sede do governo em Beirute, capital do país,para protestar contra essa medida.
A revolta,que foi chamada de “revolução do WhatsApp” por portais de notícia locais,é a maior manifestação do Líbano em anos,e os protestantes aproveitaram para contestar o preço da gasolina e comida,que também estão altos para a população – algo similar ao que aconteceu no Brasil durante os protestos contra o aumento de 0,20 centavos nas passagens de ônibus.
E ao mesmo tempo,sites dizem que pessoas mascaradas como Coringa tem crescido pelas ruas da capital,em sinal de insatisfação com o governo e suas políticas tributárias.
Os protestos, que se tornaram violentos, geraram estradas bloqueadas,pneus queimados e acabaram evoluindo para uma revolta em cima dos problemas econômicos que estão envolvendo os habitantes locais. Cezar Shaaya,um contador que reside em Beirute e estava protestando contra o governo,disse para a agência de notícias Reuters que o estado é o culpado pela insatisfação geral: “Eu estava sentado em casa, vi as pessoas em movimento e saí para protestar. Sou casado, tenho pagamentos de hipotecas vencidos todo mês e não estou conseguindo trabalho. A culpa é do estado”,comentou Shaaya.
Além da revogação da proposta da taxa sobre ligações em aplicativos como o WhatsApp,o primeiro-ministro do Líbano Saad Hariri cancelou uma reunião que aconteceria nesta sexta-feira,que visava discutir o orçamento do país em 2020.
Por: Riptor
Fonte: Exame; Insurgere
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