segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

A Ordem Final (de uma época complicada)

*Hey Padawan, estejas avisado: não se preocupe em ligar o sabre, pois o Lado Negro dos Spoilers não é sentido aqui

Existem nomes fortes. Existem,nomes importantes. Mas também existem nomes que se cravam,como cicatrizes. Passe o que seja, eles sempre estarão lá. Este é definitivamente o caso de Star Wars.

Antes de continuarmos, gostaria de passar pra vocês esse pequeno trecho feito pela Socidade Jedi,em sua review do filme:

"Quando Lucas não conseguiu investimento para realizar sua primeira jornada que ganhou como descrição de gênero 'space ópera', resolveu criar sua própria empresa de efeitos especiais e de áudio (ILM e Skywalker Sound) para poder realiza-la. Ninguém queria acreditar no projeto (acreditar aqui seria investir), mas o autor jamais desistiu de seu sonho até quebrar a lógica da década setentista e emplacar o início do cinema de aventura. O do blockbuster. E pontualmente, do cinema de autor milionário.
Este é o caso onde independente de um filme ser bom ou ruim, quando nos questionam se devemos ou não ver um filme na sala do cinema, a resposta será sempre: VÁ E VEJA. A sala que se apaga e a tela que recebe a projeção criam uma magia que nunca haverá na tela de TV, celular ou tablet. Há uma evidência de elo entre tela e expectador, uma experiência que é pessoal, embora ela seja recebida de forma coletiva, com o efeito sendo diferente em cada pessoa que assiste. Talvez aqui o fã descontente queira causar um ruído nos perfis sociais para que seja ouvido em meio a um oceano de fãs e admiradores, um ruído decorrente de uma desconexão. É direito de cada um não gostar de uma obra, mas nada legitima que este desqualifique o efeito que filmes causam na vida do próximo. Nosso diálogo com as obras artísticas nunca devem cessar, pois é no aumento de nossa cultura que adquirimos as ferramentas necessárias para melhor apreciação e absorção de algo"

E é exatamente isso o cinema. Entre experiências boas ou não, a experiência de só estar ali pode ser outra. É um momento não só de se divertir, mas quem sabe até de relembrar momentos, sejam eles os que você gostaria,ou não. E quanto a isso,nem me refiro aos de uma franquia (no caso aqui),mas sim....os seus momentos. Você já passou por momentos alegres dignos daquelas músicas. Você já passou por momentos engraçados. Você também passou por momentos de tristeza, de queda, e também aqueles onde você precisou superar. Mesmo que você ache que não consiga, haverá sempre alguém disposto a te dar a mão. Mas é você que precisa se levantar,acima de tudo. 
Star Wars sempre demonstrou isso. Talvez esse seja um dos vários motivos que fazem essa franquia ser tão especial, mas também, é o que faz ela receber muita pressão. Tanta, que olhando (e pensando) bem nas recepções divididas desse dito "derradeiro" capítulo final....talvez, convenhamos. 
Para o bem ou para o mal, independente se tivesse isso ou aquilo (ou mesmo menos disso ou aquilo), ou mesmo se não tivessem ocorrido diversas certas coisas dentro da saga (e fora, nos bastidores) Star Wars: A Ascensão Skywalker seria ainda assim, provavelmente, um fim polemizado pela sociedade. Não seria com Jon Favreau, Davi Filoni, o grande George Lucas (ou mesmo com o eterno Irvin Kershner), que isso mudaria. Mudaria apenas a cabeça que seria mirada pelos mais exaltados,e que devem ser ignorados (mas ainda assim de qualquer forma),o negócio ficou realmente mais difícil quando vemos que essa trilogia já não era unanimidade antes,e não deixou de ser. 

Afinal, como o próprio Socidade Jedi diz: 

"Quantas histórias imaginárias você criou para este último filme aí na sua mente de tanto assistir, ler e até jogar jogos desta franquia?"
Eu, pessoalmente, sempre deixei claro que eu nunca tive muitos problemas com os Star Wars feitos desde que a Disney comprou a Lucasfilm. O Despertar da Força pode hoje ser julgado como "uma versão 2.0 do Episódio IV", mas conseguiu pra mim trazer aquele feeling, aquele ar agradável, do começo de tudo na série,ao mesmo tempo que ressoava de si, o cheiro de um bom bolo de chocolate, o novo que estava por vir. Em resumo, é um filme divertido que consegue unir novo e antigo (e depois da recepção geral aos Prequels),talvez fosse o melhor mesmo esse primeiro novo capítulo soar algo que, em geral, é dito como bom. 
No ano seguinte, veio então a primeira aposta do (hoje finado no momento) Star Wars Anthology,que pretendia contar histórias à parte do que acontecia na trilogia atual. E a estreia disso não poderia ter sido melhor: Rogue One não precisava existir, mas se mostrou um complemento perfeito para saga com um verdadeiro filme de guerra, que mostrou que mesmo em universos com heróis, há sempre nomes que ficam esquecidos de vitórias e glórias (mas que sem eles),elas dificilmente aconteceriam. Continua sendo o melhor filme da franquia nessa fase Disney.
Mas aí veio ele. Rian Johnson. O Episódio VIII. Os Últimos Jedi. O filme que fragmentou as coisas como não se via desde o Episódio I (e foi aí que vimos o quanto o já mostrado lado tóxico do fandom é capaz de fazer),visto que não haviam pra eles apenas discussões sobre o filme, mas sim contra pessoas envolvidas,ao levarem isso para o lado pessoal. Mas não falaremos desse tipo aqui (ainda),e sim das pessoas que, independente das opiniões, se respeitam (como é o caso aqui).

O Episódio VIII dividiu qualquer canto que falava de Star Wars,como em qualquer caso de ame ou odeie. Muito disso,por causa da quebra de expectativas que o longa fazia em seus dentes (quase como quando você come um Kit Kat). TLJ revirou seu universo com inegável coragem, e o resultado foi um filme que quis se arriscar e sair da zona de conforto (a tão criticada coisa que falavam do anterior). Pegando o exemplo do bolo novamente, pessoalmente, vejo esse filme como um bolo azedo de limão, com uma cobertura de brigadeiro e, de bônus, umas cerejas vermelhas. Há quem odeie e continua odiando bolo de limão por mais que tente (há quem adore),e há quem goste,mas com ressalvas. Talvez pelo brigadeiro e pelas cerejas. Esse último é o meu caso: eu gostei no geral de TLJ,com eu dividindo ele no entanto em pontos que eu gostei (diferente da maioria),pontos que eu gostei,mas entendo quem não,pontos que não me incomodaram (mas acho que poderiam ser diferentes) e pontos que definitivamente eu não gostei. 2 exemplos: aquela cena no planeta de sal é uma das coisas que mais tive gosto de ver em uma tela grande (mas em contrapartida),aquele romance do Finn com a Rose por mim poderia ter sido drasticamente diminuído ou mesmo completamente cortado.
E quanto ao filme do Han Solo...assim: comparando com outros projetos que passaram por problemas de produção equivalentes (como Liga da Justiça, já que foi quase que completamente refilmado aos 45 do segundo tempo),eu até achei legalzinho. Eu já declarei uma vez aqui que acho que se tivessem mantido o Phil Lord e o Chris Miller,teríamos um projeto bem mais "energético" e empolgante, mas no fim, não foi isso que tivemos infelizmente (e apesar dessa minha opinião sobre o filme),tinha coisa ali que bem que alguém poderia ter tirado mesmo. Tipo...alguém realmente queria saber porque diabos o cara se chama Han SOLO? Porque aquela resposta me deu meio que uma vergonha alheia (ainda bem em uns quadrinhos depois deram uma "consertada" nisso).
E com tudo isso dito, no fim, a coisa que eu mais queria nesse Episódio IX (antes de pensar melhor e dizer aquele certo detalhe),é que esse último capítulo fosse mais um consenso geral positivo. É isso que um fã deveria, no minímo, querer, esperar, mesmo se as próprias expectativas estivessem em níveis diversos (apesar que certos não sabem o que é ser fã nesse sentido pelo jeito). Não foi o caso. E enquanto a hipocrisia sobre uso de Rotten Tomatoes (um site que já se mostrou com um sistema de média quebrado) surgia e rolava solta, eu estava lá, tentando...

Só ver o filme. Eu vou até deixar ao final um link de um artigo do Screen Rant sobre (no caso sobre o caso do Coringa em relação a esse agregador),pra você tirar suas próprias conclusões sobre. Mas tirando tudo isso, o que eu esperava em essência era ainda um filme que fosse forte em certos pontos (afinal estamos falando de Star Wars). E infelizmente,  ainda que tente mirar certeiro, eu achei no geral uma...
ÓTIMA experiência. 

ROTS, independente de tudo, é um filme de boas intenções,e isso fica claro desde o início: ele tem suas miras de blasters apontadas para pontos que podem entregar um filme épico...mas, alguns desses blasters foram dados para Stormtroopers, com o filme ficando no "quase" em certas muitas ocasiões. E um desses motivos é muito por conta do ritmo acelerado do filme, que soa a todo mundo incessante e com um clima de urgência notável (não apenas pela ameaça que retorna, como deveria ser),mas também pela necessidade clara que o projeto tem de apresentar, resolver e superar todas as suas questões (o que inclui aquelas que já deveriam ter sido finalizadas antes). 
Essa pressa (e esse clima que até ressoa como aquele dos Prequels, que em algumas partes pareciam soar como videoclipes) não parece ter uma justificativa real,ainda mais quando você lembra que estamos falando de um filme de no mínimo 2h30 de duração. Não que isso tenha me incomodado muito (não foi o caso),mas eu realmente sentia, logo de cara, que o filme parecia agitado não apenas pela questão da trama (e dentro da proposta),não achei que teria algum momento aqui que precisaria ser cortado. A questão aqui não é falta de tempo de filme ou mesmo falta de necessidade de algo,mas sim que o dito ritmo parece não entender que não há o que se preocupar aqui...ou quem sabe tenha. 
Independente da minha opinião sobre esses novos filmes, ou mesmo a sua, algo que devemos concordar é que o dito "planejamento" da Disney com a franquia teve problemas sérios: os filmes nessa era no geral sofreram intervenções, e tirando TFA e TLJ, todos (incluindo este,antes de J.J. Abrams entrar no barco) tiveram problemas de produção claros. Gareth Edwards foi afastado de Rogue One após filmar grande parte do filme (com Tony Gilroy, co-roteirista do projeto,sendo o responsável pelas extensas refilmagens que o filme passou), algo que também aconteceu com Han Solo, onde os citados Phil & Miller foram retirados em meio à produção para dar lugar a Ron Howard. Isso sem falar de Josh Trank (que dirigiria o finado filme do Boba Feet) ou mesmo Colin Trevorrow, o diretor original do chamado ainda apenas de Episódio IX (bônus para David Benioff e D.B. Weiss),ainda que a saída dessa dupla tenha motivos bem mais claros e entendiveis. 
O que eu quero dizer é que enquanto as duas trilogias de Lucas (no qual ele escreveu elas inteiras para depois rodar um por um os filmes), seguiam uma reta, essa Trilogia Sequel parece que foi escrita durante o percurso. Ou foi isso, ou o planejamento que eles tinham foi pro lixo logo depois da recepção dividida ao Episódio VIII e ao flop de Solo (que além da falta de marketing),ainda foi lançado em uma data pra lá de ruim. 
E J.J sentiu isso claramente. Ele meio que foi o cara que certas pessoas escolheram para tacar pedra, caso não tenham gostado do que viram. A culpa não é dele. Quem sabe certos alguéns questionem o quanto ele foi "covarde" por temer continuar certas coisas que Johnson acabou, ou o quanto ele quis ser apaziguador em fechar as três trilogias  na tentativa de agradar a maior parcela de fãs que se encontrava num momento dividido,mesmo que com algumas escolhas meio...bom,você sabe. 

Trabalho de reconexão com fã descontente pode muito bem ser uma faca de 2 gumes (e coube a Abrams tentar fazer o que poderia ao estar dividido em obedecer a produção executiva), agradar ao fandon e conseguir um mínimo espaço para continuar as coisas, além de trazer um lucro bom,claro. E ficou claro pra mim que eu estava diante de um diretor que realmente queria isso (e independente da sua opinião),fazer o que vi certos fazerem com esse cara, falando que ele "não faz nada de útil na sua carreira inteira (na carreira inteira,nem cita o trabalho feito nesse filme mesmo)", mas ficou todo felizinho antes quando ele assinou contrato com a Warner e querendo ele pra dirigir Superman, é uma hipocrisia que eu nem preciso da Força pra sentir.
Enfim,voltando pro filme: com essa dinâmica acelerada, eu senti que haviam algumas certas cenas que, por mais legais que fossem, quem sabe poderiam ter um tempo maior, se não houvesse uma impaciência inevitável de se chegar logo ao próximo assunto (o estilo de TFA com o ritmo sendo aos poucos acelerando até chegar no ponto desse filme teria sido ideal). Esse longa, na verdade, é tipo uma comida com ingredientes que você conhece (e que vc sabe que podem render algo bom para o estômago), mas que no fim, são usados para fazer algo um tanto diferente. O gosto e o aroma são familiares, porém a sensação de comer aquilo não é totalmente aquela que você achava que seria. É gostoso, mas você pode estranhar.
Mas tirando esse crucial detalhe (pelo menos aquele tipo que não tem spoiler),como já mencionei, eu gostei do filme. O elenco está claramente  à vontade, ao entregarem o que o momento exige: Daisy Ridley vai muito bem de novo como Rey, ainda mais com a tensão e reação ao longo do filme inteiro quando descobre AQUELE detalhe. Quero ver o que ela vai fazer a seguir agora. 
O John Boyega também tá bem (ainda que eu ache que se comparado a Daisy e ao Oscar Isaac, que eu gostei bastante dele aqui e do trio foi o meu favorito),ele esteja bem mais apagado. Já quanto ao Adam Driver, no geral ele foi bem, ainda que eu tenha certas ressalvas quanto ao arco do personagem aqui (já que eu teria feito diferente em alguns pontos). 

Mas ele vai bem sim (em TFA eu o vi mais como um cachorrinho do Snoke assim como o avô era pro Palpatine),mas sem a mesma presença na tela (e foi por isso que em TLJ eu gostei bastante do que fizeram ali),com ele ganhando de fato peso. E o meio apagado antes C-3PO tá como nos velhos tempos (ou seja),ótimo! Sério,foi gratificante vê-lo daquele jeito. 
Obs: quanto aos personagens novos, eu gostei deles (ainda que aquela personagem que aparece NAQUELA cena e que tem até um momento falando com o Finn),eu tenha ficado tipo mais "ok,blz",e só. 
E como eu disse antes,eu não acho que pra o que pretendiam fazer aqui se precisaria cortar algo,visto que os acontecimentos que se desenrolam são necessários. Sim, muitos deles estão recheados de mensagens significativas (mas com doses devidamente generosas de fan service),que foram ótimas de ver (estou falando de você,Lando!),sem falar na boa e eterna trilha de SW. 

E ainda que isso seja meio batido de se falar (ainda mais vindo dessa trilogia),o filme visualmente é LINDO. Seja no CGI,ou com a parte prática. Abrams definitivamente sabe construir um mundo de Star Wars (e a ação também é bem executada),visto por exemplo aquela perseguição no deserto (teve um momento com aquele Trooper que eu achei engraçado),e aquele confronto de sabres mais pra frente foi legal.

No entanto, todavia, mais uma vez, eu tenho de dizer que,sim: obviamente o filme esconde mais problemas. E no caso, como estamos falando de um filme de J.J Abrams,ele impõe a sua 'Mistery Box'. 
E antes que você pergunte, segundo o próprio J.J, a 'Mistey Box' trata-se basicamente de um (ou mais) mistérios. Mas não é um mistério qualquer,e sim um mistério feito especificamente para fisgar a audiência (uma daquelas perguntas que gera comoção para se saber a resposta). Se você assistia Lost por exemplo, com certeza já viu várias dessas caixas, onde muitas eram abandonadas ao longo da trama (lembram do monstro de fumaça?), enquanto outras passaram a ser os carros-chefes da série. O conceito de Mystery Box é simplesmente criar demanda de perguntas no público, e a partir delas você escolhe sua preferida (Abrams fez isso em Despertar da Força),visto perguntas como:
"Quem são os pais de Rey? Quem é o Snoke? Quem são esses Cavaleiros de Ren? Por que o sabre de Kylo é feito de sucata?". J.J não planejava dar a resposta para essas perguntas na época, mas ele as plantou lá mesmo assim para que o próximo diretor respondesse como quisesse (e eu pessoalmente nunca tive muito problema com esse esquema).

A grande questão,no entanto, é que como ele acabou comandando esse, agora ele tem de responder certas coisas (e com isso),ele teve de dar alguns retcons no que o Rian Johnson fez (se a Disney tivesse convencido ele a dirigir todos os filmes da trilogia),esse trabalho com certeza teria sido mais fácil. E ainda assim,sim: ele coloca Mistery's Boxes.
Sem entrar em spoilers, o filme começa com uma grande problemática que já foi revelada nos trailers (que envolve a aparição de você sabe quem). Mas o filme simplesmente evita maiores explicações sobre como tal fato teria ocorrido e como diabos AQUELE alguém tá ali (ou então aquele caso já praticamente no final do filme), onde AQUELE personagem conversa com você sabe quem ("vamos resolver isso"), e....
Fica por isso mesmo. Esse é o tipo de "caixa" que não cai tão bem ao você simplesmente jogar ela na tela (mas quem disse que ele liga?). Você que se vire pra imaginar o que tem naquela caixa,até porque você não tem a chave.

Ao mesmo tempo, o filme ainda exagera com certos momentos de didatismo, fazendo com que os personagens tenham de dizer as vezes coisas que eu já tinha percebido da forma MAIS DIRETA POSSIVEL (talvez uma garantia da Disney para que muitos não-fãs percebessem esse filme como um "evento cinematográfico"), tal qual foi o caso de Ultimato.
E um outro detalhe que eu gostaria de comentar é sobre a Carrie Fisher. Já ficou claro que a morte dela sacrificou bastante o desfecho que havia sido idealizado em primeiro lugar,e a resolução teve de ser feita (como todo mundo sabe), na base do improviso com pedaços de cenas não-utilizadas filmadas para os Episódios VII e VIII. Me deu um sentimento alegre, e meio melancólico (entenda como quiser isso): acho que Abrams encaixou ela bem na trama, e nem pareceu que a atriz nem estava mais entre nós. No entanto, acho inegável que é difícil para qualquer fã não imaginar como esse filme seria se pudéssemos ter uma atuação completa dela.
No fim das contas, Star Wars: A Ascensão Skywalker é o final da saga que eu esperava? 

Não. Desde o anúncio do Episódio VII,os trailers do mesmo,o lançamento dele, passando pro Episódio VIII com sua sacudida monstra, e com os trailers desse, pensamentos sobre como eu montaria o meu final voaram feito TIE fighters tentando abater X-Wing's. Vieram muitos,e certos seriam melhores do que eu vi aqui.

É ruim então? 

Como já deixei claro, pra mim está longe de ser o caso,no entanto. É um filme que me divertiu bastante, ainda mais com eu estando acompanhado de 2 membros da família que gostaram igualmente do que receberam, e que conclui esta saga, entre pancadas e barrancos recentes...acho que bem,sim. E eu não estou dizendo isso apenas por seu service aqui ou ali,mas sim pelos olhos de um fã,que não se cegou pros erros claros que este filme tem (e as faltas daqui),como a quantidade dos duelos com sabres de luz,já que eu senti falta disso. 
E diferente do que certos rankings estão querendo impor (que este é "o pior SW de todos"), ele é BEM superior ao fraco EP I ou ao quase intragável EP II,com folga. Sem falar que vamos diminuir os exageros, que isso aqui é melhor que Han Solo logicamente (esse filme é mais um caso que, independente da qualidade real dele),rende mais você simplesmente criticar (sendo que sim, há muitas coisas para se apontar o dedo aqui e que se deve fazer isso). Mas existe uma diferença clara entre fazer uma crítica e simplesmente meter o pau em algo (eu não vou citar nomes),mas isso já é comum entre certos locais: faz uma crítica crua, enrolada, pra no fim ser resumida apenas nos superficiais "excelente" ou "merda",sendo que temos sub-categorias entre essas 2 categorias. Existem 4 críticas do filme que eu vi que fizeram isso direito,com opiniões diferentes:

- A do Tiago Belotti (do Meu 2 Centavos, sempre direto e que consegue se organizar pra dizer tudo que acha que precisa em vídeos relativamente curtos)

- A do Otávio (do Super Oito)

-  A do Caique Izoton (tem uns pontos lá que ele levantou que eu gostei,seja contra ou a favor)

- E a do Bruno Albuquerque (que é mais parecida com a minha)

De resto...deixa quieto. Enfim:

Mas como diria o sábio,as vezes o que mais importa é a jornada, e não o destino: TROS não apenas fecha uma história de 42 anos,como também fecha uma era polêmica para a franquia, dentro ou fora das telas, e demonstra que mesmo a mais antiga das franquias em atividade também precisa, as vezes, voltar a ser um "bebê",e andar (aos tropeços de outrora), à passos lentos. 
O Disney+ (e The Mandalorian) mostraram um novo caminho para saga trilhar, e se mantida a qualidade da série citada em projetos como Cassian Andor e principalmente na de Obi-Wan, tem tudo apenas para fortalecer a marca e suas possiblidades. 
E no cinema não é diferente: a saga merece um pequeno descanso agora, mas os projetos que sobraram soam bem (uma adaptação dos Cavaleiros da Velha República? Sim,finalmente!),e a recentemente confirmação  de Darth Revan no novo cânone pelo jeito já indica alguma coisa. Sem falar no tal projeto produzido por Kevin Feige, que já conhece bem o que é planejamento. Quem sabe até se aqueles planos do Rian Johnson irem pra frente (com ele mexendo dessa vez com algo totalmente dele),ele não faz algo que geral goste? Afinal, o cara é um bom diretor, independente de tudo que fez no mais polêmico Episódio (Knives Out mostra isso).
A Disney pelo jeito está entendendo enfim que comandar Star Wars é um "pouco" mais complicado do que suas aquisições anteriores a marca. Star Wars não é Pixar. Star Wars,não é Marvel. Mas é justamente com os erros que se aprende: vendo o que deu errado, tendo cuidado nas decisões (mas sem nunca prejudicando seus contratados) e, claro, ouvindo de preferência (de forma saudável) quem realmente deve ser ouvido. Aqueles que realmente gostam de Star Wars, e por mais que pensem diferente, conseguem viver juntos quando o assunto é seu gosto por esse universo. Não imbecis, que ficam em todo santo post de algo que pra eles está "morto" dizendo justamente coisas como "RIP Star Wars", "Star Wars morreu pra mim","Mimimi". E quando sai  filme novo? Vão correndo ver na pré-estréia,nem que seja pra falar mal.

E pra você, barbudo, tomador de Skol, que fica nessa putaria todo santo dia que nem um idiota em sessões de comentários,eu só digo isso: se a franquia sobreviveu à Ataque dos Clones (e ao Jar Jar Binks),nada abaixo desse nível mata ela. 

Ainda mais porque matar algo que já deixou de ser apenas uma franquia é uma tarefa mais difícil do que parece.
                  
Por: Riptor 

Obs: O tal texto do Rotten que eu citei: 

Obs2: E sobre o tão famigerado beijo gay que alguns ficaram fazendo barulho (e que os sites já espalharam por aí,então nem spoiler é mais)...gente, pelo amor dos Sith. Negócio rola praticamente no final do filme,dura segundos (e soou mais quase um selinho). Choro da merda pra isso? Engraçado que alguns que reclamam disso,são os mesmos que ficavam shippando (por algum motivo) Finn com Poe,que eu sempre vi apenas como amigos/colegas de Resistência.

Agora pornô lésbico ninguém reclama né? Falta de prato pra lavar é foda viu...

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