quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A Conclusão




 A última edição de Fallen Angels saiu na semana passada, e concluiu assim o título originalmente pensado para ser uma mensal, mas que acabou virando uma série limitada devido aos compromissos do roteirista Bryan Hill. Contudo, ainda assim, essa história não merece ser descartada (na verdade), ela torna-se peça fundamental para quem quiser conhecer melhor quem será a Psylocke daqui por diante.

Quem leu a primeira edição já percebeu que apesar de termos um trio de mutantes principais, é Kwannon quem se destaca acima de todos. Sim, Kwannon (a ninja assassina do Tentáculo que teve seu corpo por anos usado por Elizabeth Braddock finalmente está de volta), com posse de seu corpo e com as duas separadas. Nas páginas desde então, acabamos conhecendo mais do seu passado, descobrimos que ela teve uma filha que foi tomada meses depois do nascimento, e que ela teve um árduo treinamento pelo seu sensei. E no meio disso, virou uma máquina de matar do Tentáculo. Kwannon, por sinal, sequer é seu nome, mas uma derivação de Kannon, a Deidade da Misericórdia no Japão (e mais do que conhecer seu passado), Fallen Angels acima de tudo tornou-se a revista para Psylocke descobrir quem ela é a partir de agora, já que está separada de Braddock.

E junto dessa descoberta, ela promete também transformar X-23 (uma assassina por natureza que quer sair da sombra de Logan) e o Jovem Cable (o potencial soldado que não tem a experiência ainda da sua outra versão) em dois grandes aliados, ao referenciar isso como crisálidas que se transformarão em borboletas. Nas quatro primeiras edições, a história se concentrava na luta dos três contra o vilão Apoth (a entidade tecnológica com aspirações divinas), e que vem usando um tipo de Cyberdroga chamada Overlock para tomar a consciência das pessoas e principalmente de crianças, para dominá-las e assim levar a "igualdade" (e consequentemente) sua versão de paz ao mundo.
A escolha de começar a dominar crianças não foi a toa. Apoth sabia que essa seria uma fraqueza de Kwannon desde que ela teve sua filha tirada dela (e em um flashback é mostrado que Apoth era uma Inteligência artificial que era pra ser destruída numa missão dada a Kwannon pelo Tentáculo), mas que manipulou seu algoz para fazer uma voz de uma criança na hora do ataque e pedindo para ser salva. Kwannon acabou salvando a IA, que se espalhou no mundo e começou a ter suas aspirações divinas e de conquistas mundiais. Contudo, ela parecia extremamente obcecada por Kwannon, tratando-a quase como sua mãe.
E para resolver essa questão agora no presente, Psylocke contou com a ajuda de um outro personagem que vive nas sombras de Krakoa: Sinistro (que ficou com o papel de sempre quebrar as regras da Ilha para ajudar na missão dos 'Anjos Caídos'),e que foi quem criou na história final o dispositivo que amplificaria o poder de Psylocke para ela usar sua telepatia no ambiente virtual contra a IA. Em troca, Psylocke traria para Sinistro o que sobrasse de Apoth para ser estudado por ele antes de ser destruído.
A última edição reúne então ela junto de Cable e X-23 - além de Escalpo e Bling - que cuidam de lutar contra as crianças possuídas que estão na frente da torre de Dubai onde está o vilão, enquanto que Psylocke luta contra Apoth num ambiente que mescla plano astral e realidade virtual. E mesmo tentando manipular Kwannon ao usar de novo a figura de sua filha tomada, Apoth é morto e a ameaça se extingue.

E é assim o fim do arco e do título. Se por acaso haviam planos para continuar a partir daqui, Bryan Hill já ciente de sua partida entregou nas últimas páginas uma digna 'despedida da equipe' de Fallen Angels com uma conversa entre X-23 e Kwannon. A situação entre Psylocke e a Nova Capitã Bretanha também foi acertada sem necessidade de diálogo (Kwannon perdôou Betsy), e o acordo entre Psylocke e Sinistro no entanto talvez renda mais, visto que  provavelmente vamos ver mais disto no título dos Satânicos de Zeb Wells.

Por: Riptor

Fonte: Marvel616

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