quinta-feira, 5 de março de 2020
Esquadrão Suicida | James Gunn fala sobre os Desafios dos Efeitos
No ano que vem, O Esquadrão Suicida vai vir para limpar a ficha da equipe de vilões da DC, especialmente após o filme amplamente criticado de 2016. E pelo visto, James Gunn acaba de iniciar os preparos para a pós-produção do longa (e o diretor já deixou claro que o filme não vai ter tanta computação gráfica se comparado a quantidade de feitos práticos).
Isso, por sua vez, fez com que muitos fãs passassem a perguntar ao diretor quais eram as maiores dificuldades e desafios em se produzir um filme com efeitos digitais, e um filme com efeitos práticos. No Twitter, ele então respondeu, explicando porque ele prefere efeitos práticos – isto é, efeitos que são criados durante as próprias gravações.
Para Gunn, a principal diferença entre um e outro é o modo de preparo, e como os custos podem ser diferentes. No entanto, para ele, tudo depende da preparação do projeto, e como os estúdios estão dispostos a “apressar demais” a produção (e em alguns casos), antes mesmo que o roteiro do filme esteja pronto:
“A diferença de custo depende parcialmente do que você está fazendo, e do quão bom o trabalho é. Efeitos práticos baratos são mais baratos do que CGI barato, mas CGI barato pode ser mais barato que efeitos práticos de alta qualidade. E você não pode fazer tudo em efeitos práticos como, por exemplo, a Mothra [de Godzilla]…Mas o problema para mim é que os cineastas frequentemente não se planejam. Porque eles não fazem escolhas distintas ou visualizam de começo [como vai ser]. Eles fazem computação gráfica porque é o modo mais preguiçoso e fácil, de modo que eles possam fazer todas as escolhas sobre estética, cenários, planos e qualquer coisa durante a edição.”
Gunn então falou de sua própria experiência com Esquadrão Suicida, e como o filme conseguiu escapar desse costume frequente dos estúdios. Ele deixou bem claro que tudo foi planejado com muita antecedência, e que a Warner só aprovou o filme depois que o roteiro já estava pronto:
“Alguns desses casos são culpa de diretores preguiçosos, e muitos desses são culpa dos estúdios, que aprovam roteiros mesmo antes deles estarem prontos (e alguns casos, antes mesmo deles serem escritos), apenas para já marcar uma data de estreia. Então, não há tempo para preparar o filme. Uma das coisas pelas quais estou orgulhoso com ‘O Esquadrão Suicida’ é que somos bem antiquados nesse sentido. Não havia um novo filme do Esquadrão Suicida até que o roteiro fosse escrito e todos ficassem animados com ele, e só assim, eles deram sinal verde com o orçamento e a data de lançamento.”
E bom, isso sem dúvidas demonstra uma evolução muito grande do Universo Estendido da DC Comics – que parece, cada vez mais, estar aprendendo com os próprios erros. Quando paramos para pensar, o maior problema do primeiro Esquadrão Suicida foi justamente a pressa e a interferência excessiva do estúdio.
Por: Riptor
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