quarta-feira, 22 de abril de 2020

Matheus Opina #4: Malévola 2 - Dona do Mal



Sinopse: Cinco anos após os eventos do primeiro filme, Malévola (Angelina Jolie) e Aurora ( Elle Fanning) vivem em paz no Reino dos Moors, mas quando o príncipe Philip pode a jovem em casamento, uma série de intrigas e jogos políticos podem desencanar uma guerra entre os humanos e as fadas.

A maioria das sequências de blockbusters de ação hollywoodianos tem uma fórmula para fazer sequências de filmes que geraram grade receita. Essa receita consiste em dois aspectos: o primeiro é aumentar a escala de tudo o que deu certo no primeiro filme, já o segundo é investir mais cenas de ação para entreter o público, mas isso vem com um custo, os roteiros ficam demasiadamente básicos. Isso é o que acontece com Malévola: Dona do Mal, que ao apostar nessa consagrada fórmula torna-se um filme divertido, mas que o espectador esquece cinco minutos após sair da sala.


A trama segue a relação mãe e filha entre Malévola e Aurora iniciada no filme anterior, mas agora a jovem decide se casar o que não agrada a protagonista título, visto que suas experiências amorosas não acabaram bem. Nesse contexto, surge a Rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer), uma figura manipuladora com motivos ocultos que deseja causar uma intriga entre Aurora e sua fada madrinha. O grande problema desse filme reside no roteiro fraco, como diferentes núcleos de personagens são apresentados, os roteiristas não conseguem desenvolver todos de maneira satisfatória, o que gera outro problema, a falta de foco. O tempo de tela não é bem dividido, a própria Malévola aparece pouco e os demais personagens também não conseguem se sobressair. 

O carisma do trio formado por Angelina Jolie, Elle Fanning e Michelle Pfeiffer é o que salva a obra de um desastre. As três atrizes fazem o que podem com o pouco material disponível, mas conseguem fazer com que o público crie sentimentos diversos por elas. No quesito técnico, o filme não decepciona. A direção de arte traz cenários fantásticos tanto no Reino dos Moors quanto no dos humanos, a paleta de cores é muito boa, com vários tipos de coloração usadas pra ilustrar as personalidades de cada personagem. Os efeitos visuais estão muito bons, há uma sequência de ação no terceiro ato que é bem coreografada e traz ótimos ângulos de câmera nas cenas aéreas que lembram muito a série Game of Thrones da HBO. 

Por fim, vale ressaltar que o filme é bem divertido, mas peca por não querer sair do básico. A performance do trio principal aliada a uma boa produção visual salvam a obra do marasmo.

Nota: 5,0

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