terça-feira, 19 de maio de 2020

+ do Fantasma de Tsushima




Um dos últimos grandes exclusivos do PlayStation 4 deste final de geração, Ghost of Tsushima promete ser o jogo mais diferente (e ambicioso) da Sucker Punch – conhecida, em especial, pela franquia Infamous. Sendo o primeiro novo projeto do estúdio desde o lançamento de Infamous First Light, em 2014, Ghost tem uma mudança temática bem óbvia, é claro. Afinal, um game ambientado no Japão feudal de 1270 não poderia ser mais diferente do universo alternativo dos Estados Unidos retratado por Infamous.

Com isso em mente, em entrevista ao The Enemy, Nate Fox (diretor criativo do jogo) falou sobre as mudanças de temática e de tom trazidas pelo novo jogo, e em especial dos jogos que influenciaram o estúdio a começar a trabalhar no game:

"Videogames não são estáticos, e nós não somos apenas desenvolvedores de jogos, já que nós também somos jogadores. Não podemos evitar as influências de games ao nosso redor, que nos expõem à ideias novas e empolgantes", explicou Fox. "Eu acho que [Zelda] Breath of the Wild é extremamente empolgante na forma como recompensa a curiosidade, e nós fomos inspirados por isso, por exemplo".

E assim como no jogo da Nintendo, Ghost of Tsushima também abordará a exploração dos cenários e missões paralelas de forma orgânica, ao dispensar quase que completamente marcadores na tela. Com isso, ao invés de seguir uma seta no mapa, o jogador terá de prestar atenção nos seus arredores para buscar segredos na ilha de Tsushima, e assim achar seu rumo. "Você não tem elementos de interface dizendo para onde ir”, conta Fox. “Nós pedimos que o jogador olhe ao redor para buscar pistas, elementos que parecem fora do lugar, e que confiem que sua curiosidade irá ser recompensada".
E bem antes de começar a desenhar a exploração orgânica que promete ser parte essencial do gameplay de Ghost, Fox ainda contou ter se inspirado em outro jogo icônico de mundo aberto para começar a planejar o conceito do projeto: Red Dead Redemption. Para ele, o game da Rockstar fez um trabalho “espetacular” ao transportar o jogador para outro mundo (o Velho Oeste) e o colocá-lo na pele de um pistoleiro fora da lei. "Foi, e ainda é fantástico. Eu olhei para aquele jogo e pensei: 'E se conseguíssemos fazer exatamente a mesma coisa, mas no papel de um samurai?'", conta.

O conceito pode ser traduzido no que Fox descreve como uma “antologia de histórias” (ou um mundo aberto recheado de personagens e atividades ocultas), que podem ser encontrados pelo jogador a qualquer momento, expandindo assim a narrativa – e jogabilidade – em novas direções. "Ghost é um jogo totalmente realista, não há mágica nele. Mas também é muito focado nos personagens, especialmente na transformação do personagem principal e de sua jornada emocional, conforme ele vai de samurai para se tornar um novo tipo de guerreiro, e o que isso faz com ele em um nível pessoal", explica. "Além disso, o jogo é uma grande antologia de histórias, e não apenas sobre a transformação de Jin. Ele conhece vários tipos de pessoas em toda a ilha de Tsushima que estão passando por momentos muito difíceis durante a invasão mongol, e ele os ajudará. Algumas dessas pessoas são boas, outras vilãs, e é a diversidade dessas  histórias que dá vida ao mundo. Isso é único no cenário dos jogos feudais do Japão no momento”.

Por fim, Fox comentou sobre os 2 já conhecidos estilos de combate do jogo: o modo samurai,e o modo furtivo. Segundo ele, as duas estratégias de combate não são necessariamente escolhas binárias para o jogador – o que significa que escolher uma delas não significa ter que deixar a outra de lado. Tudo depende se o jogador acha melhor usar uma, ou outra, em determinada situação:
"Não é uma escolha binária, entre samurai ou fantasma. [Jin] nunca deixa de ser excelente com a espada. No entanto, você com o tempo obtém mais habilidades que lhe dão mais possibilidades ao jogar. Você nunca é um, ou outro. Você é que decide que tipo de fantasma & samurai você quer ser ao mesmo tempo através de suas ações, e à medida que suas habilidades crescem", explica. 

Por: Riptor

Fonte: The Enemy

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