domingo, 17 de maio de 2020

Meus 7 Filmes Prediletos do MCU




Como já é sabido por todos aqui, não me impressiono mais com filmes de heróis. Me soam extremamente pedantes, engraçadinhos demais e pouco tem a dizer (na verdade, nunca tiveram) como gênero. 


MAS, PORÉM, TODAVIA, CONTUDO há alguns que ainda me causam algum tipo de sensação boa. Como eu gosto de justificar os motivos para tudo o que me atrai, seguem aqui a lista dos meus prediletos e porque eles o são. Com isto quer dizer que são filmes perfeitos? Não. Há alguns erros crassos em quase todos eles, porém, considero que as virtudes superam as deficiências.


Colocarei em ordem de crescente de preferência.

Homem-Formiga

Esta primeira incursão de Scott Lang ao universo do MCU me chama atenção até hoje justamente por não se levar a sério e ter roteiro ágil, efeitos especiais divertidos, cenas de ação criativas ao brincar com o tamanho dos personagens e por ter Paul Rudd no papel principal. Sejamos honestos, Rudd é tão improvável como Scott Lang que fica perfeito. Longe de ser um herói imponente, consegue sê-lo pelo processo de aprendizado e superação moral.

Capitão América – O Primeiro Vingador


Seria fácil babar ovo pra Guerra Civil ou Soldado Invernal. São bons filmes. Mas O Primeiro Vingador até hoje me impressiona. Seja pelos efeitos especiais daquele Steve magrelo que continua extremamente atual e bem feito, pelo clima altamente vintage dos anos 40 com mistura de tecnologia focada num conceito futurista que as pessoas tinham naquele período e pelas atuações de Chris Evans e Hayley Atwell, que não apenas convencem como personagens separadamente, como também conseguem ter uma boa química em cena. Se há um motivo pelo qual me faz vibrar por Steve não querer contar sobre seu período no passado para o Falcão, a organicidade dele com Carter lá no primeiro filme é o que me move a isso.

Capitã Marvel

Gosto de personagens Overpowers, ainda mais quando causam algum tipo de polêmica. Brie Larson, tão criticada por não sorrir em cena e parecer dura, fez exatamente o que uma personagem militarizada faria (Don Cheadle fez EXATAMENTE a mesma coisa em HdF2 e ninguém reclamou). Ela é desconfiada, poderosíssima e deslocada. Não há nada nela que eu mudasse e o ápice da luta final com Jude Law ao dizer “não tenho que provar nada a você”, foi uma quebra de expectativa que até hoje me faz rir ao lembrar. Os plot twist’s são bons, as deturpações não afetam tanto a adaptação e os Skrulls deram um ar de metáfora política que me convence.

Fora que ver Samuel L. Jackson como alívio cômico depois de tanta seriedade em seu papel no MCU só prova que ainda conseguem me surpreender.  

Thor: Ragnarok


A quem defendia que Thor com pegada épica e nórdica funciona no MCU, lamento informar, mas isso serve pra agradar purista que é minoria. A maior prova disso foi a aceitação morna de público e crítica com Thor e Thor – O Mundo Sombrio que, vá lá, tem seus bons momentos, mas não para levantar a plateia.

Com Ragnarok houve, finalmente, o épico acontecendo, mas sob a temática do humor e dramaticidade por mais zoada que ela fosse. Teu pai morreu? Solta piada. Teu povo foi dizimado? Solta piada. Destruíram o teu martelo? Solta piada. Você vai enfrentar Surtur? Bora, solta uma piada. Encontrou um amigo do trabalho? Solta a piada que é isso que dá dinheiro. E esta foi a graça do filme, saber ir de tragédia em tragédia com mais determinação e ação. A pauleira nunca foi tão gratificante quanto aqui.

Então, a quem reclama e diz que Taika Waititi matou o Thor, fica um aviso: Quem fez o Thor mudar nos cinemas mesmo foi o mesmo público que reclamou dos dois primeiros e hoje reclama de Ragnarok. Tirem suas próprias conclusões.

Vingadores: A Era de Ultron


Você pode até não reparar, ou assumir, mas a base de Guerra Infinita e Ultimato, que todo mundo baba horrores, está aqui. Visões sobre a morte dos heróis, personagens iniciando a divisão que poderia ter sido evitada e a “armadura” que Tony Stark via ser necessária em prol do planeta. Tudo isso embalada em cenas de ação de tirar o fôlego, com um Ultron cuspido e escarrado das HQ’s, de tão fiel e com Vingadores em suas – mais do que nunca – frágeis alianças. E Joss Whedon conseguiu fazer tudo isso COM a interferência da Marvel que exigiu algo maior do que Vingadores 1. Imagine o que teria feito sem.

A Era de Ultron sofreu do mesmo efeito que Matrix Reloaded sofreu. Um grande filme, mas com expectativas do público tão irreais que simplesmente passou por ruim por causa de poucos defeitos. Foi neste filme que começaram a surgir os fãs tóxicos do MCU e a saída de Joss Whedon foi o ápice disso. Ironicamente, hoje pedem para que ele retorne ao gênero exaltando sua capacidade de fazer ação em equipe.

Homem de Ferro 2


Nunca tivemos um Tony Stark tão quadrinhesco como foi em seu segundo filme. Egocêntrico, torturado, ferido, inconsequente, heroico e inseguro. Há muitas camadas do personagem a serem destrinchadas neste filme. Justin Hammer de Sam Rockwell é um vilão excelente sem parecer um vilão padrão. A Viúva Negra apresentada aqui tinha camadas: Forte, intuitiva, manipuladora e badass. Don Cleadle encarna muito do que Máquina de Combate é nos quadrinhos. Militar, duro, sem sorrisos na cara e com missões a cumprir. Olha só... Não era isso que Brie Larson fez em Capitã Marvel anos depois e quase ninguém gostou?

Esse filme foi feito num período que o MCU ainda tinha algo a dizer de maneira mais pura e não tão comercial. Apesar de ter se acovardado ao não falar do alcoolismo do Stark (droga, Hancock!) e de ter dado um Chicote Negro medíocre e superficial, temos a Mark V. Aquela armadura só não é mais bonita por falta de espaço. Jon Fraveau fez um bom trabalho aqui. Outro que sofreu hate desnecessário na época.

Os Vingadores


Pra mim, até hoje, consegue ser o filme perfeito do MCU. Unia novidade à dramas particulares, personagens instáveis, ação impressionante, humor afiado e um vilão com sede de vingança. Separadamente, os crossovers foram ótimos e inesperados, Mark Ruffalo fez um Bruce Banner muito focado em O Médico e o Monstro e se faltou aquele Hulk denso do filme com Edward Norton, a selvageria compensou. As cenas da bomba atômica, do Capitão América como um líder extenuado e involuntário, além das provocações entre os membros deram o tom.

Mas nada para mim se compara com o momento do “esse é meu segredo, Capitão” que até hoje me arrepia.

Como eu disse: O filme perfeito do MCU. Uniu tudo que o Universo Marvel tinha de bom para dar aos fãs exatamente aquilo que esperavam à época.

Menções honrosas:
Dr. Estranho
Capitão América: Soldado Invernal
Capitão América: Guerra Civil
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
O Incrível Hulk
Vingadores: Ultimato (Do início até o Tony Stark desfalecendo num surto nervoso dando lição de moral no Steve Rogers e depois pula para o terceiro ato)

Espero que tenham gostado.
Sei que a lista não é usual, mas isso aqui não é Legião dos Heróis.
Abraços,
Saitama de R’lyeh.

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