domingo, 21 de junho de 2020

FM Fics: Pedro




"Mais um dia se emerge em São Paulo". Acho que era sábado..ou será que era domingo? Apesar que não faz muita diferença. Enfim, me desculpe pela fuga de assunto: "O Sol novamente batia nas casas aos poucos, de forma suave, para acordar seus moradores. Especialmente, uma determinada casa de um apartamento, que já estava com a janela aberta".

Depois é roubado e não sabe porque 

No caso, a janela era do quarto de um dos moradores daquele lugar. Tava meio bagunçada, com coisas debaixo da cama, armário semi-aberto, fotos da cidade coladas às pressas em uma das paredes. Tinha um Play4 ali também, dentro de uma caixa (provavelmente o lugar onde seu dono o guardava), que compartilhava espaço com vários rascunhos em folhas de papel, de baixo dele. Ahh, é mesmo: tinha umas canetas pretas, igualmente, e um Uno.

Enquanto isso, o dono daquele quarto ainda estava ali, em sua cama. Pedro. Bom jovem, já tinha acordado de fato, mas estava ali, novamente. Estava exausto MESMO. Talvez por tarefas escolares? Bom, recentemente já não estava tendo tantas, e ele já tinha colocado tudo em dia. Logo, claramente soava que ele tinha ficado à noite em claro.

- Pedro, acorde! Sei que você não vai a escola hoje, mas poderia me fazer aquele favor? - Dizia a familiar do mesmo. Se referia à ir ao mercado.

- A....tá bom. Não se preocupe.

- Obrigado meu anjo. O café tá pronto se quiser. Me virei com o que tinha ainda - Dizia ela,antes de sair dali....isso, antes de lembrar ele: - Ahn, e cuidado quando for sair. Não aceite nada que estranhos te ofereçam OK?! E tome cuidado com o que esteja acontecendo ao seu redor! Essa cidade sempre está com suas loucuras desenfreadas.

- Tá bom, eu não sou criança.

- Mas também não é um adulto, "mini-homem" rs. Você sabe porque eu digo isso,e não é a toa- Dizia ela antes de sair (de fato).

- Ela tinha de relembrar esse sarro interno...- Dizia Pedro, meio envergonhado (apesar que a fala geral dela não era algo que ele discordava),e entendia sua preocupação praticamente quase materna. Ele então acordou "oficialmente", e foi até o banheiro para fazer sua higiene bucal. Após isso, pegou seu casaco, meio esverdeado com tons de branco, pegou seu celular, seus fones (para ouvir seu conjunto de músicas) e saiu do apartamento para ir ao mercado mais próximo, que era à uns 7 KM dali. O local onde Pedro morava não era um dos melhores apartamentos afinal isso não é uma história do Riquinho  mas era um local agradável.
Enquanto isso, Pedro observava ao redor a cidade, sempre movimentada. Estava meio frio, mas não muito. Era um clima de manhã bem agradável, aliás. E ainda que ficasse ouvindo algumas músicas, ele também ouvia, aqui ou ali, os fuxicos do dia (que não tinham mudado, ainda eram de uns recentes casos em especial), enquanto passava pelo Restaurante Walther. Ele, inclusive, conhecia o dono do lugar, que estava ali.

- Hey Pedro, bom dia.

- Ahn, bom dia, Sr. Walther.

- Quando me chamam de Senhor, só estampam na minha cara que eu estou mesmo um velho acabado. Mas, eu sei que você faz por educação - Dizia de forma bem humorada o homem. Não era bem tão velho assim (nem 50 anos tinha na verdade), mas quem quer admitir certas idades? Sempre se mostrava bem ativo, pra dizer a verdade. -  Deixa eu ver se eu acerto: está indo ao mercado?

- Sim. É um pouco longe, mas eu dou um jeito.

- Entendo. Só estou aqui te dizendo um bom dia mesmo,e não quero te atrapalhar. Tenha um bom dia.

- Pra você também - Dizia Pedro antes de quase sair dali, até Walther se lembrar de uma coisa.

- Pedro!

- Ah,sim Sr. Walther?

- Só queria te dizer ainda que um alguém está querendo conversar com você. Estava com isso na cabeça porque a pessoa me pediu, caso eu visse você.

- Ahn,sim. Eu...

- Não se preocupe! Se não me engano ela vai ligar. Tem tecnologias que são úteis, admito. Agora vou parar de ser o velho chato contigo aqui rs.

- Hehe, imagina Sr. Walther. Até...- Dizia Pedro ao sair dali de fato. Ele sabia quem o dono do restaurante se referia. Mas, falaremos disso outra hora.

Um Tempo Depois

Com as compras feitas, Pedro voltou para o apartamento. Nesse horário especifico, já era meio de tarde (15:00 - 16:00) mais ou menos. Pedro naquele momento estava lendo um livro que tinha pego em uma livraria depois que passou no mercado (ele se chamava "Nardito Túmulo"), de Stephanos Rei. Era um livro de terror. Mas susto mesmo, foi o toque do celular dele. Ele nem precisou ver o número para ter uma ideia de quem seria,já que tinha se lembrado da fala do Sr. Walther. Pegou então o celular, e atendeu:


- Alô?

- Adivinha quem é?

- Não é tão difícil assim,ainda mais quando alguém me dá a dica há umas horas atrás - Dizia Pedro. Era (como não poderia deixar de ser) Fernanda.

- Você se encontrou com o meu pai então?

- É, eu tinha passado no restaurante dele porque eu tive de ir ao mercado mais "perto" daqui. E ele fica no meio do caminho, você sabe. Você queria conversar comigo,né?

- Sim.

- Sobre...

- Você sabe. Aquelas situações meio...embaraçosas.

- A...primeiro que não foram (talvez um exagero seu), já que o assunto era outro. E segundo, eu não...

- Não...

- Eh...

- Acho que você não precisa se esticar muito, né, "Pratinho" rs. Você não sabe esconder muito bem certas reações.

- Ok Fernanda e...

- Pedro, poderia me dar uma ajudinha aqui!

- 1 minuto!

- Acho que ela precisa da sua atenção agora- Dizia a garota.

- Nisso concordamos. Acho que podemos comentar sobre isso outra hora.

- Sim. Não desse jeito, no entanto.

- Fernanda, o que você quis dizer co..

- Você vai entender, Pedro. É que nem aquele outro detalhe: eu fiz uma promessa,não fiz? Então, tchauzinho.

- Fernanda e...- Antes que completasse sua fala, Pedro ouviu a ligação se encerrando.

- Fernanda é?

- Nossa, você me deu um susto agora.

- Rs. Pedro, Pedro. Porque?

- Eh, nada. É que você brotou aí do nada, e eu iria lá te ajudar e...

Pedro então observava a cara dela. Não era tonta, e já entendia o que acontecia ali.

- Bom, acho que como você disse, o assunto entre vocês pode ser comentado outra hora. Faculdade?

- É, ela gosta de colocar mais de um assunto em dia...que envolvam isso...mesmo.

- Certo. O pai dela sempre foi bem simpático com você. Lembra quando precisou de um emprego temporário?

- Sim, eu lembro.

- E ela me parece uma boa menina nem tanto assim senhora, se depender do nosso amigo aqui . Mas agora, você pode me ajudar- Dizia ela antes de sair do quarto.

Logo após isso, Pedro colocara o celular no bolso e fora fazer o novo favor: tirar o lixo. No entanto, quando iria sair da casa com ele, o celular tocara novamente, e Pedro, claro, atendera:

- Al..

- Quando os caras me vem com essas...- Dizia Pedro.

- Vou ter de sair - Dizia ele ao voltar para o quarto para pegar umas coisas.

- Mas como assim?

- É que me ligaram aqui.

- E quem era?

- O...O Meu professor de Anatomias Mamiferas na Universidade.

- Ahn? Tem uma matéria só disso? Que matéria é essa que nunca me falou?

- Sabe como é esse ensino,né. Vivem colocando e tirando coisas. Enfim: ele me ligou me perguntando se eu poderia ir lá urgentemente, porque ele queria me mostrar uma coisa.

- Ok,Pedro. Só não demore.

- "Vou tentar"- Pensava Pedro. Ela então se virou, ao dizer:

- E Pedro, quando você....

- Pedro?- Dizia ela. Ela ainda estava perto da frente da porta do quarto,e não viu o mesmo passando por ela.

- Vai me dizer que ele... - Pensava ela. Se ele não saiu pela porta, só poderia ter saído pela janela.

- Depois esse menino se quebra e eu vou ter de pagar contas por isso. Essa juventude...- Dizia. - Apesar que isso até soa que eu sou alguma velha rabugenta. Ainda estou bem em forma, pra falar a verdade...

"Atenção. Essa ligação está sendo feita para todos os moradores das residências próximas. A polícia está tendo um problema considerável nas proximidades, então recomendamos que fiquem dentro de suas residências. Obrigado pela atenção"- Dizia a ligação que Pedro ouvia em seu celular. E no fim, ela estava certa: ele tinha saído pela janela.

- Só espero que isso não demore muito - Dizia ele enquanto chegava ao local que precisava ir. Só que...como posso dizer: não era a faculdade. E ele muito menos foi ver professor.

Na verdade, o problema dele era maior do que apenas melhorar sua nota em Ciências.

- Ahn não, você nã..





Por: Riptor

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