Após o compartilhamento de um post de cunho racista na noite de ontem (31) por Henrique Martins (streamer e administrador do canal Xbox Mil Grau),a Microsoft negou ter “relação formal” com o grupo (e eles não tem mesmo), além de negar que apoia “suas visões” em nota enviada ao The Enemy.
“Respeito, diversidade e inclusão são parte dos nossos valores fundamentais, e nós não toleramos comportamentos que violem esses princípios em nossos serviços. Não temos uma relação formal com esse grupo, e não apoiamos suas visões”, afirmou a empresa em um comunicado enviado na tarde desta segunda. A marca foi criticada por fãs e outros usuários do Twitter na noite de ontem logo após o compartilhamento dessa dita postagem de Martins (a imagem publicada associa uma foto dos protestos antirracistas que acontecem nos Estados Unidos), motivados pela morte de George Floyd (um afro-americano desarmado que foi asfixiado por um policial branco durante uma ação da polícia), a uma foto de Bob Behnken e Doug Hurley, astronautas da missão Demo-2 da SpaceX, lançada neste sábado.
Junto às imagens, a postagem traz os dizeres “o que pessoas negras estão fazendo hoje”, e “o que pessoas brancas estão fazendo hoje”. “Vai dar choro ou não?”, questiona Martins [vale ressaltar: o site adicionou uma tarja preta pois o nome de usuário de Martins pode ser considerado um spoiler de The Last of Us II]:
E como não poderia deixar de ser,a imagem de claro cunho racista gerou revolta,e levou múltiplos usuários da rede social a exigir um posicionamento da Microsoft Brasil sobre o ocorrido (afinal, por mais que a Xbox Mil Grau não tenha relação com ela), o canal é notório por utilizar a marca “Xbox” no Brasil há anos sem nenhum questionamento judicial por parte da empresa. E entre os perfis que cobraram um posicionamento da mesma sobre a postagem de Martins, está a Sleeping Giants Brasil (versão nacional do perfil estadunidense Sleeping Giants).
O perfil acabou se tornando um movimento global, com o objetivo de alertar empresas sobre o uso de suas marcas por sites e perfis conhecidos por disseminar notícias falsas, ou de discurso de ódio:
E além da Microsoft Brasil, a Sleeping Giants Brasil (e outros usuários do Twitter), também questionaram a Twitch sobre o episódio, já que nesse caso, o grupo é oficialmente PARCEIRO da plataforma,onde realiza transmissões frequentes. O The Enemy entrou em contato com a mesma em busca de um posicionamento (mas até o fechamento da nota e até agora),a companhia não respondeu.
Fonte: The Enemy
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