domingo, 25 de outubro de 2020

FM Fics: Pedro - Parte 5


Parte Anterior:

https://fmarvell.blogspot.com/2020/09/fm-fics-pedro-parte-4.html?m=1 


2 Meses Depois     


Pedro se encontrava agora em seu quarto, enquanto conversava pelo celular. Fernanda era a pessoa do outro lado, claro. Pense numa garota grudenta.....apesar que Pedro já tinha se acostumado com aquilo, a esse nível do campeonato. Ainda que não gostasse de algumas provocadas. 

- Eu venho vendo que o seu "segundo eu" não vem aparecendo para...você sabe.

- Acho que diria "obrigado" por não citar AQUELE nome. Ao menos minha desculpa inventada no momento se necessário aqui vingaria mesmo - Dizia o garoto. - A verdade é que está tudo bem parado, ultimamente. Rino não escapou da prisão tão cedo como eu imaginava, Mysterio está na mesma, e o Garganta sumiu desde aquele caso. Também não soube de nenhum caso envolvendo outros dos meus "colegas trajados" que sempre querem a minha cabeça.

- Diria que isso deve ser um alívio, pra ti.

- É, não nego. Ainda que me passe...desconfiança. A verdade é que é meio estranho, quando acontece isso. Desde aquela vez, era praticamente parte da rotina ser...você sabe. Me soa que está faltando alguma coisa.

- Huum.... - Dizia Fernanda, enquanto enrolava aqueles cabelos. - Compreendo. Deve fazer falta mesmo tentar impedir alguns cabeças ocas de se acharem donos da cidade, os jornais falando sobre isso, a liberdade de se fazer isso....

- Você fala de um jeito que explica porque você vai bem em Filosofia rs.

- Mas também, não é tão difícil assim. É só você se soltar, que as coisas vem.

- Sei...

- Quer uma prova disso?

- Fernanda...quando tu fala assim, eu já imagino que você vai me apron..

- Na verdade....eu vou. Eu só não contei pra estragar a surpresa ;)

- Fer...ahh, garota - Dizia Pedro. Fernanda desligara o celular na cara dele. De novo.

- Estava ouvindo. Ela fez bem o que disse que faria rs - Falou Tia Maria, ao entrar no quarto.

- Pe...pera: quanto da conversa você ouviu?!

- Só essa parte final. Estavam falando de Filosofia, né? E eu concordo com ela.

Pedro por 1 segundo respirou aliviado (por motivos óbvios), antes de responder:

- Apesar que ela deve ter falado isso com outras coisas em mente....

- Tipo...

- Ahh Tia, sei lá...

- Sua carinha não me soa "sei lá"

- Ahh...o que você quer dizer com isso?

- Pedro, Pedro. Seu pai era assim, e o Ben também era. Quando envolvia eu e minha cunhada....eu consigo ver que tem algo aí.

- Você está insinuando que eu e a...

- E porque não?

- Ahh, Tia. Não inventa abobrinha pra janta hoje. Nada a ver. Somos APENAS colegas. 

- Eu lembro aquela vez que você disse que se uma garota como essa andasse com você, ela estaria fazendo isso pra conseguir cola. Pelas notas delas em certas matérias se comparado as suas, não me soa isso.

- Ahh, vamo mudar de assunto, vai.

- Tá, tá bom "Pratinho" kkk.

- Não, vei...pera, isso...

- Eu tinha falado com ela mesmo. Por isso mesmo imaginava o que ela deveria ter falado. Ela vem aqui, com o pai, fazer uma visita. Agora com licença - Disse Maria, ao sair dali.

- Se tá tirando com a minha cara, Fernanda...


Se passara então um pouco menos de meia hora, e lá estava Fernanda acompanhada do pai, o Sr. Walther. Tia Maria decidiu fazer algo para que eles pudessem comer, enquanto conversavam (ela na cozinha), & Pedro junto deles, na sala onde a mesa ficava, no começo dela.

- Então Pedro, está tudo..."em cima", que se fala hoje em dia? 

- Ahh, sim, Sr. Walther. Está até tranquilo demais pro meu gosto, eu diria.

- Hehe, sei como é. Ficar sem fazer nada por muito tempo acaba sendo igualmente monótono. Até por isso eu decidi vir aqui com a Fernanda, pra jogar conversa fora um pouco. 

- Sei. As coisas estão bem no seu trabalho? - Perguntava Pedro, ao tentar puxar assunto. Ele ainda estava meio assim com essa visita inesperada, e não escondia seu lado mais introvertido.

- Não posso reclamar muito. Vejo que houve uma diminuição no fluxo de pessoas, mas ouvi que seria por motivos "externos". Quais? Eu não sei. Mas está dando para tocar a barca.

- Ao menos sabemos que esses motivos não envolvem pessoas fantasiadas andando por aí- Entrou na conversa Fernanda. 

- É, sem Rinocerontes mecânicos, Escorpiões, GATOS....até o Homem-Aranha deu uma folga - Mandou a indireta Pedro. Fernanda respondeu com um riso enquanto arrumava o cabelo.

- Pois é, eu rejo todo dia por ninguém desses malucos ter quebrado o meu terreno de trabalho rs. Eu não consegui ainda um seguro novo! - Entrou na brincadeira Walther.

- Mas, aproveitando: o que você acha do Homem-Aranha, Sr. Walther?

- Acho que ele é um louco no bom sentido kkk. Entendo quem tem desconfiança nele, mas é esse mascarado quem realmente dá jeito em todos esses malucos que causam em São Paulo. Até que venham os outros, é ele a primeira opção. 

- Concordo plenamente, Sr. Walther - Dizia Pedro, cheio de ego. Afinal, estavam falando dele mesmo. Fernanda só observava com um olhar de quem entendia esses diálogos mais a fundo.

- Alguém podia me ajudar aqui? - Perguntou ao fundo Tia Maria, ainda preparando algo na cozinha.

- Claro, se me derem licença - Falou o Sr. Walther, que deixava assim Fernanda e Pedro sozinhos.

- Psiu, que história foi essa de visita?! - Perguntava Pedro.

- Ora, vai me dizer que não gostou? Foi bom pra encher seu ego pelo que vejo.

- Eu só perguntei o que o seu pai achava da minha contraparte por curiosidade, não posso negar que foi divertido. 

- Mas sinceramente eu dei a ideia pra sua Tia até porque realmente está tudo parado, en...

- Está parado pra mim, mas e quanto à você?! 

- Você não soube de nenhum roubo da Gata Negra ultimamente soube?

- Você não deixa pistas pra alguém desconfiar, não faz seu tipo.

- Ainda bem que sabe rs. Mas, realmente estou ultimamente mais "comportada".

- Huum....vou por o benefício da dúvida quanto à isso - Dizia Pedro. Ambos agora estavam rindo, enquanto Tia Maria conseguia ver isso.

- Eles realmente se dão bem não é? - Falava o Sr. Walther.

- Sim. Só não diga isso demais pro Pedro que ele vai começar a despistar rs.

- Porque?

- Ahh, Walther. Dá pra ver nos olhos dele, mas a rebeldia não quer admitir...ainda.

- Você quer dizer...

- Como eles diriam: "Isso aí".

- Ahhh....é rs. Ninguém nunca disse que é fácil. Ao menos eu já saberia qual seria a do Pedro. Mas e a Fernanda?

- Ela já deixa mais explícito. Vamos apenas observar, e eu quem sabe dê um "empurrão"...

 Enquanto isso em outro lugar (25 minutos depois....)

- Certo. Então quer dizer que seremos o...

Antes que o alguém terminasse de dizer algo, sua boca fora tapada.

- Boca fechada não entra mosca, infeliz. Você entendeu.

- ....O...K. Mas e se eu...

- Não se deve jogar com possibilidades nulas, seu merdinha, agora VAI! 

O bandido engoliu a seco aquilo, antes de sair daquele beco escuro, junto de mais alguns homens.

- Curioso pra ver ele funcionando - Dizia ele enquanto ajustava alguma coisa. Teria de resolver umas coisas agora fora dali.

- Pois é, mas acho que é hora de irmos embora.

- Diria que é uma pena, mas me lembro que ninguém pode ficar sem seu restaurante.

- Além que você pode dar uma passada lá, Pedro. Você sempre deixa o ambiente mais animado...não é Fernanda? 

- Por..É, claro - Dizia ela. Já imaginava que o pai não teria falado aquilo a toa (e Pedro percebeu um pouco de sem jeito da mesma ao responder) com um sorriso tímido. 

- Bom, até mais tarde então amigos - Dizia Sr. Walther ao já sair de dentro daquela residência. Tia Maria já logo se focou em arrumar alguma coisa, e Fernanda já iria também sair, antes de se virar:

- Eu esqueci de lembrar ele daquilo pai

- Ah, ok. Vou te esperar lá embaixo - Dizia o Sr. Walther. Aproveitando o momento, ela então chamou o garoto:

- Pedro

- Ehh, sim?

- Depois nós poderíamos.... - Dizia ela de uma forma mais baixa, obviamente:

- "Sabe, quase não tá acontecendo nada nessa cidade ultimamente, mas eu soube que..."

- "Se for alguma das suas traquinagens eu estou f...

- "Mas não é, Cabeça de Cera! Eu soube enquanto via umas coisas pelo celular e investigando que tem 10 caras (apenas, parecem de passagem) rondando separados em 2 áreas naquela parte da cidade aqui, o que inclui o restaurante do meu pai"

- "Ok, isso já me parece mais alarmante"

- "Então, nós vamos lá..."

- Nó... 

Fernanda então fechará a boca de Pedro, para que ninguém ouvisse.

- "Não atrapalha, Pedro! Sim, nós. Uma Aranha e um Gato resolvem isso de uma vez mais facilmente (você pega um lado da cidade), eu pego o outro. Eae, não estava sentindo falta disso?"

Pedro apenas respondera mexendo a cabeça, ao aceitar a proposta. Fernanda então se despediu, mas ambos tinham combinado que se encontrariam novamente ainda naquele dia, durante à noite, antes que o pai da mesma chegasse no lugar de trabalho, que ele deixava em ordem por volta da madrugada, para abrir por volta das 8H00. 

O horário então chegava. Pedro, já devidamente como o Homem-Aranha após tirar o pó da onde guardava seu traje, esperava perceber a presença de Fernanda ali, ainda que já estivesse em contato com ela, através de seu celular.

- Aonde você tá? 

- Aí perto. Diferente de você, eu não tenho teias.

- Como se você precisasse..

- Pois é. Teias podem te prender em certas ocasiões rs - Dizia ela. A mesma pulava e rodopiava entre os prédios, numa agilidade impressionante (e logo), ela já estava no prédio que ficava ao lado do qual o Teioso estava.

- Ok, eu já percebi que alguns deles já estão indo pra aquela rua que eu te falei. Eu resolvo isso, e você lida com os caras do restaurante.

- Você não desconfia do que eles estariam procurando? 

- Não. Parecem apenas um grupo de bandidos esparsos, até agora. Imagino que não querem ser pegos de surpresa se o Aranha-Humana aparecer do nada após meses.

- Eu já falei com você sobre isso de...argh, esquece - Declarou Pedro. - É, imagino que não devem estar com saudade de ouvir os parças falando como é apanhar de mim.

- Pois bem: hora do show. Qualquer coisa, me chame- Dizia a Gata Negra enquanto equipava algo, antes de ir em direção à seu objetivo. O Homem-Aranha fazia o mesmo, em uma direção aposta.

- Ok, olha eles ali....

EAE, pessoas, tudo blz? Em cima?

- Ele apareceu mesm... - Dizia um marginal, antes de levar uma pontada no estômago de outro com uma arma.

- Pois é, a cidade tava meio parada, mas cá estamos. Tão procurando alguma coisa?

- Agora a sua cabeça no chão, de preferência - Dizia outro bandido.

- Huum.... - Dizia Pedro enquanto se virava, "pensativo" sobre aquilo...

- ACHO QUE NÃO! 

Com isso dito, o Homem-Aranha rapidamente se desvira novamente, joga suas teias, e tira as armas dos 2 criminosos, e jogando ambas na face de um deles. Pedro rapidamente puxa em seguida um vaso de flores, que arremessa em um deles, a ponto de conseguir o derrubar no chão. - "Eu sei que você adorava aquelas flores, Sr. Walther", dizia em pensamento o herói.

- Merda 

O Homem-Aranha já ia de encontro ao segundo bandido que levou na cara. No entanto, um terceiro viera por trás, ao se jogar para cima do Homem-Aranha, e o jogando para dentro do restaurante. O Homem-Aranha com um empurrão das pernas então o joga para o teto, ao amarrar o mesmo com suas teias, antes do mesmo cair no chão.

- Ok, já foram 2. Tirando a parte que eu vou sentir dores pelo resto dia por falta de costume, isso realmente é divertido como eu me lembrava.

O dito segundo bandido já estava escondido, enquato mandava nos 3 parceiros que sobravam. 

- Vocês 2 vão lá, e você ali.

- Mas não era apenas u....

- VOCÊ GOSTA MESMO DE APANHAR POR ACASO?! FAÇA O QUE EU MANDEI - Dizia ele irritado. 

- Hey, vocês 2 aí estavam pondo os assuntos em dia e me deixaram aqui? Falta de profissionalismo! - Tirava sarro o Homem-Aranha.

Com isso, ambos os bandidos tentam encurralar o Homem-Aranha (um deles ainda quebra uma coisa ali para pegar um facão), enquanto que o outro se equipa com uma pistola.

- Venha, seu merdinha! Eu vou distripar essa sua face mascarada!

- Recomendo depois disso que você mude de cidade, porque o Escorpião já está na fila pra isso, e ele não vai gostar nada de saber que não foi ele.

- A.... - Tentava dizer o bandido. Ele não tinha pensado niss...

Quer dizer, não pensaria mais. O Homem-Aranha dá um soco no queixo do marginal, o joga para cima, e o arremessa para fora do local com um chute. Mas não há tempo para descansar: ele rapidamente desvia dos tiros do outro, e acabara tendo de apelar.

- ARGGHH, MEU....

- Sim, eu sei, deve ser uma dor horrível- Diz o herói ao fechar a boca do mesmo com teia.

Eis que o último marginal dali então aparece (ele estava no telhado), e se joga em cima de Pedro. Mas o mesmo rapidamente se livra do mesmo, com um soco bem dado. - Precisa treinar mais, amigo.

- É, parece que um não tem muito coleguismo com vocês - Dizia Pedro, ao se referir ao bandido que estava há pouco escondido, mas que parece que tinha fugido. - Melhor eu ir lá ajudar a Fernanda, afinal não tem mais aqui - Disse ele, enquanto saía dali.
- Ar...




- Procura ali, eu acho que eu vi alguma coisa - Dizia um dos bandidos no outro local falado. A Gata Negra já tinha dado jeito em um deles (eram assim 3), mas alguma coisa a estranhava, ao ver ao lado de uma das paredes dali.

"Acho que tem mais alguém ali" - Dizia ela para si. Parecia que alguém tinha entrado na tubulação.

- O...

- É BOM NÃO SE MEXER! - Dizia um dos marginais. Felizmente não era para Fernanda, mas isso também não significava que era menos preocupante, quando ela decidiu olhar um pouco mais de de perto.

- Quer dizer que essa vadia aqui ligou pro serviço dela? Que vai avisar a polícia?! - Dizia o bandido, ao ver o outro empurrando o que tinha achado escondido ali: uma jornalista com um capuz cobrindo seu rosto, que parecia já estar na cola deles há um tempo.

- Conhecendo o estilo desse tipo, certeza que ela tirou ainda fotos.

- Quem liga pra merda quando já estourou pra todo lado?! Essa vaca merecia é uma só...

- Abaixa esse fuzil, tá louco?! Procura primeiro qualquer coisa aí aonde ela estava, e depois damos um jeito nela fora daqui.

- Então, o que eu perdi? Apesar que já ouvi algo por aí - Dizia Pedro, ao chegar no lugar.

- Você resolveu o problema lá dando um jeito em todos eles?

- A, Sim - declarou Pedro. 

- Bom, eles aqui tem um refém, uma jornalista que ligou pro trabalho e que já deve ter chamado a polícia.

- Vamos nessa então...


- NÃO ACHA QUE ESCAPOU DA MINHA AMIGUINHA AQUI NÃO EHH S...

Antes que o marginal terminasse de falar, Gata Negra o dera um empurrão ao ir para cima do mesmo. O Homem-Aranha por outro lado já puxara o fuzil caído do mesmo, e o jogou contra a cabeça de outro. 

- Que merda que tá acontecendo?

- Se você não ouviu tiros, só pode ser uma coisa.

- Ok, eu dou um jeito nos 2 que sobraram, você tira ela daqui - Dizia Fernanda, ao entrar mais no local.

- Blz...

Antes que terminasse de falar, o Homem-Aranha já vira jornalistas chegando, além da polícia.

- Ok, você tá bem? 

A moça apenas respondeu mexendo a cabeça positivamente. 

- Bom, ótimo. 

- Então "Homem-Aranha", pelo jeito como é ser responsável por um mais bem sucedido resgate de inocente? - Perguntava um repórter. - Afinal, porque desapareceu nesses últimos meses? Perguntava outro. E um mais exigente, questionou: - O que você acha das opiniões de J.J Jaime quanto à sua persona?  

- Ok, gente, calma, irei responder a todos! - Dizia Pedro enquanto tentava conter os mesmos (Fernanda já havia dado jeito nos 2 criminosos que faltavam), percebeu a situação, e saiu pelos fundos.


- Meu pai! - Dizia o Sr. Walther, ao se encontrar com seu restaurante todo arrebentado. - O prejuízo que eu vou ter com...

Ahhh, eu não queria incomodar a Fernanda a essa hora, mas é bom eu avisar desde já sobre isso:

- Op...ahh, Pai? - Dizia ela, ao fingir uma voz de sono.

- Então filha, me perdoe por te acordar essa hora, mas é que o restau....
PAI?!!!!!

Fernanda entrou em desespero ao ouvir aquele som de tiro, e não perdeu tempo na hora de voltar para o restaurante do pai. Chegando lá, Walther estava caindo no chão, quase desacordado.

"Meu Deus, meu Deus",pensava Fernanda, que já ligava sem pensar para um hospital, enquanto ficava ao lado do pai. 

- Ok, tá respiran...dizia ela, até ver algo em meio as mesas jogadas ali, algo escrito em uma das paredes, em preto.
Fernanda em seguida percebeu que dos 6 marginais que foram para lá, apenas 5 deles estavam ainda ali, desacordados.

- Mas, eu conferi que eram...e ele tinha.....

Fernanda estava meio confusa naquele momento, mas decidiu sair dali apesar de tudo, já que seu pai não poderia ve-la daquele jeito, e não parecia correr risco... 

- Ok, Pai, você vai...

- O que está acontecendo aqui? 

- Fisk eu...
- Acho que você não precisa mais se preocupar com o seu pai. Agora vê se não deixa ninguém te ver.

Dito isso, a Gata Negra rapidamente se escondeu em meio aos prédios. Fisk, por sua vez, se escondera sem pressa, enquanto a ambulância levava o Sr. Walther para o hospital.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntava ela.

- Negócios. Mas você sabe que alguém como eu acaba descobrindo logo quando algo de errado acontece por aí, o que inclui algum tiro. E vejo que a coisa ficou realmente feia- Dizia ele, com uma insatisfação no rosto. - Eu não gosto muito quando meia dúzia brinca no meu terreno. 

- Mas enfim. Pelo jeito do seu pai, me soa que foi "apenas" uma grande infelicidade. Pena que nenhum herói passou por aqui...

Fernanda então acessou seu celular, enquanto via recomendados, que só falavam de uma coisa: Homem-Aranha.

"Homem-Aranha salva Refém de Criminosos"; Confira o que o Herói tem a Dizer"

"Herói Mascarado Vence Novamente"

"Questionável ou Não, Herói Aracnídeo Salva Vítima"

- O pior é que uma das entradas nessas bandas estava meio movimentada. Parece que era alguma celebridade.

- Era o...Homem-Aranha, pelo jeito.

- Ahh, isso explica muito. Ele é complicado pros meus negócios, mas imaginei que ele poderia ter resolvido isso e aquilo sem grandes problemas. Mas obviamente, ele ainda é um ser humano. Ele tem que fazer escolhas, como qualquer lei do governo, ou como qualquer um do tipo dele.

Fernanda apenas pensava naquilo, sem responder.

- Felizmente, outros heróis (sem máscaras) darão um jeito no seu pai. E a tal mulher, foi salva. Grande dia para os Herói do Povo que serão destacados, não?

"Já ouvi algo por Aí" 

- Ah, Fernanda?

- Ahh...é. 

- Esse papo me lembrou da vez que eu "visitei" uma certa prisão, no Rio. Havia um cara ali que teve que escolher entre salvar a sobrinha do qual o pai dela era realmente amigo dele, ou salvar o filho de uma pessoa que ele nem conhecia, de uma situação embaraçosa. Ele tentou salvar os 2. Mas no fim, ele só salvou o dito filho. Ao menos esse ato fez, de certa forma, com que ele conseguisse mais para frente uma "aliviada" na sua dívida. Porque adivinha? 

Essa criança era filho de um advogado! Até hoje penso nisso. Escolhas são difíceis. Mas as vezes, você tem de deixar os instintos te guiarem. 

Dito isso, Rei do Crime então entrara em um carro preto, além de acenar para a Gata Negra.

- Até mais tarde, garota. Tenho coisas pra resolver, o que envolve evitar que essa Aranha e esses de quinta atrapalhem além do esperado. 

Fernanda, então, agora estava no meio de um beco, ainda pensativa. O seu celular até começou a tocar, mas ela não atendia o mesmo, pelo menos naquele momento. Foi só após alguns minutos a mais, que ela decidiu atender:

- Fernanda, cadê você? Tudo bem aí?

- ........E.......sim....Pedro.

- Que ótimo. Acho que você viu a confusão que se formou ali, né? Eu tentei te avisar, mas eles iam te ver, então eu fiquei (tentando) conter o pessoal. Ok que eu tive de responder um monte de perguntas chatas, mas não poderão dizer que o Homem-Aranha apenas se importa com mega-vilões que "mesmo assim podem estar trabalhando com ele", como diria um certo falastrão da TV 😅


- Fernanda, se tá bem?

- Não se preocupe comigo. Apenas foi....quase EXPOSIÇÃO demais, pro meu gosto.

- Entendo. Eu sei que você prefere dar uma de solitária sorrateira, então não te culpo rs. Então, até....

Mais? - Dizia Pedro. O celular do outro lado havia se desligado antes que ele terminasse de falar.

Fernanda apenas enquanto isso voltava para sua casa. Até se deparar com um espelho velho, jogado as traças, quando já estaria logo aí em seu objetivo.

- Ele....ele...disse q....

Filho da...(0:14)
- Fuuu....fuuuuu.....ah....

Após o momento de descontar raiva de Fernanda, a mesma subiu até seu quarto, e já pensando em como fingir surpresa quando vizinhos lhe contassem algo, que obviamente estaria na boca do povo.

Ela então olhou novamente para seu próprio espelho. Não mais com aquele olhar de desespero, mas com um que aflorava seus atuais sentimentos.

" 'Os instintos te guiaram' não é mesmo, 'Homem-Aranha'. Espero que não te deixem na mão agora....porque vai precisar deles" 


- Ehhh....Sr. Fisk...

- Sim....

- Ahhh...aonde você gostaria que eu o levasse para....resolver seus negócios?

- Me leve de volta para o lugar de sempre.

- M...

- SEM QUESTIONAMENTOS

O motorista engoliu à seco, e já rapidamente se virou para se focar apenas na direção.

- Mas....quer saber? Te darei um "petisco". O que eu pretendo fazer agora, é algo mais "limpo". 

- Voc...ehh, o senhor vai em uma reunião de negócios....comum? 

- Tipo isso.....


Tipo isso....

Por: Riptor 


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