sábado, 24 de abril de 2021

We will make Mistakes, maybe We will even Fall. But, let's Fight before these Blows

 

O texto a Seguir contém ALTOS SPOILERS, então se Não viu, Leia por sua Conta & Risco


Pois é, caro colega. Após 6 semanas, eis que aquele mesmo momento de WandaVision, retorna, agora para Falcão e o Soldado Invernal: o fim. Sem se apoiar tanto em teorias (ou mesmo mistérios) do que sua "irmã" mais nova, a série protagonizada por Sam & Buck foi mais direta (mas sem isso ser de fato um eventual problema) ao longo de sua trajetória, e após resolver 90% da sua trama no quinto episódio, o 6° e último teve tempo suficiente para desenvolver sua ação, e encerrar os 10% que faltavam. Além, é claro, de deixar mais brechas marotas para o futuro, como os fãs do MCU já estão bem acostumados.


Ainda que o episódio tenha trazido uma certa virada na trama que já era até especulada por certos (vamos falar dela depois), é inegável que ainda assim, os holofotes principais se mostraram mais do que nunca virados para quem realmente foi o protagonista da história: Sam. Após muito se esquivar se aquela responsabilidade poderia mesmo ser sua, o ex-Falcão enfim se assumiu o verdadeiro herdeiro de Steve Rogers (e por consequência), o novo Capitão América. Não apenas por conseguir honrar o legado de seu amigo, mas também por desde já poder agora, criar o seu próprio. 

Para quem assistiu, perceba que Sam, durante o episódio inteiro, só cita seu novo nome heróico, uma vez. O mesmo pode não ser nenhum super-soldado (ou mesmo ser quem o governo não gostaria que representasse as cores de seu país), que até então, o consideraria "descartável", como já ocorreu com quem fez o mesmo no passado, vide o próprio Isaiah Bradley. Mas ainda assim, as pessoas agora o reconhecem como o realmente novo Capitão, pelo mesmo motivo de Steve: por seus atos. Não há facildade (ou mesmo alguém tentando interpretar um personagem que não é), como o governo gostaria que fosse. É justamente por isso, que o discurso de Wilson para impor suas ideias de igualdade & justiça na cara dos mesmos, ainda soa ser ele mesmo falando o que acha, e independente do fato dele ser agora, justamente quem carrega um símbolo desse tamanho.

Mas é claro que o Capitão América não pode ficar apenas sempre na base de discursos: o treinamento de Sam para conseguir se ajustar ao escudo mostra seu resultado ao longo do episódio, com o mesmo manejando o mesmo enquanto voa, e com a ajuda do Asa Vermelha e de toda a tecnologia disponível de Wakanda, presente em seu novo traje, que realmente parece que saiu diretamente das páginas dos quadrinhos. O mesmo sabe a hora do confronto, ainda que tente se possível, outro caminho. Não atoa, ele se recusa a lutar com Karli por entender que ela tem pontos válidos em sua crença, apesar de estar perdida e não ter uma com mais visão de mundo. 


Ele tenta oferecer ajuda, e convence Bucky a fazer o mesmo. Infelizmente, ele não consegue graças à morte da mesma. Ainda assim, o Capitão América (ao enfrentar o senador e as autoridades do mundo), os convence a aceitar a missão de Karli, sem violência. Ela provavelmente estaria já em paz com isso, já que como dito por ela mesma, não importava se precisasse morrer por isso. “Sou um homem negro usando a estrela e as listras. O que eu não entendo? Toda vez que pego essa coisa, tenho certeza que milhões de pessoas vão me odiar por isso. Inclusive, agora mesmo, aqui, eu posso ouví-los. As encaradas, os julgamentos. E não há nada que eu possa fazer para mudar o que eles pensam. Mas ainda assim estou aqui. Sem supersoro, sem cabelo loiro, sem olhos azuis…O único poder que eu tenho é acreditar que nós podemos fazer melhor do que isso”. O discurso, é transmitido para todo o mundo por meio das câmeras de TV. 

Incrédulo, Isaiah observa todo o discurso através de sua TV, como se percebesse que o seu próprio legado estava também sendo reconhecido. E aí está o meu momento favorito, aliás: quando Sam o leva até o museu do Capitão, para ver que uma nova ala foi inaugurada. Ele parece não entender muito bem, até que se depara com uma estátua sua e informativos sobre sua vida e missões, reconhecendo seus feitos como o de um verdadeiro herói nacional. A série soube demonstrar o quão maltratado e humilhado o mesmo foi durante toda a vida, e um ato como esse, não atoa, faz o mesmo ainda assim, chorar, e abraçar Sam, reafirmando que ele pode (e deve) ser um grande herói para todos.

E apesar de dessa vez se destacar de forma mais sútil que seu parceiro, Bucky também tem seu momento no episódio final. Todo o seu processo de humanização anterior foi muito bom de se ver ao longo do seriado (e quando ele se oferece para ajudar Karli ao em vez de sair distribuindo sopapo e tiro logo de cara), mostra que isso realmente funcionou. E vê-lo ir até um de seus poucos amigos nesse novo mundo que ele tentava se adaptar, para contar a verdade sobre a morte do filho, por mais que isso destruísse a relação de ambos, era algo que ele precisava fazer. O Soldado Invernal, enfim pode dizer que encerrou sua lista de “acerto de contas”, e reconhece a relevância do apoio psicológico que recebeu neste processo de autoaceitação e ressocialização. 


E nessa onda de melhorar como pessoa, John Walker acabou no fim das contas disposto à isso, ao reaparecer para ajudar no confronto contra os Apátridas. A princípio, o mesmo surge desejando a sua já esperada vingança pessoal, mas uma “memória de guerra” acaba fazendo com que o Ex-Capitão América use o seu próprio trauma para colocar a cabeça no lugar, pelo menos momentaneamente. Agindo assim de forma consciente, o mesmo ajuda Bucky e Sam, e no fim, parece até entender o discurso desse último. 

Entretanto, ao final do episódio, vemos ele se encontrar novamente com a Condessa Valentina, que já parecia esperar por aquele desenrolar da situação, e dá ao mesmo um novo uniforme, e com ele enfim assumindo oficialmente seu nome de Agente Americano. O que vem a seguir, parece esperado, e sem dúvida, promissor! 

Agora, quem se mostrou amargurada e indisposta a querer melhorar foi mesmo Sharon. Ou melhor, o Mercador do Poder, que no fim das contas, era ela mesmo. Já não bastasse matar Batroc & Karli, conseguiu que apagassem todas as provas que a relacionassem ao seu codinome de criminosa, conseguiu seu perdão ante o governo americano, recuperou seu cargo no departamento de defesa e inteligência, e decidiu se infiltrar no governo tal qual a HIDRA fez na S.H.I.E.L.D. para traficar armas, aparelhos e munições para criminosos, e jogando na lama todo o legado da sua família, no que promete ainda ser uma causadora de problemas para todos. Por fim, mas não menos importante, quem também terminou sorrindo foi Zemo, que mesmo preso, não foi derrotado. 

Na verdade, podemos dizer que ele foi o único antagonista desse universo, a ser bem sucedido de fato, e 2 vezes ainda por cima. Ele conseguiu, mesmo que por um tempo, dividir os Vingadores em Guerra Civil (e na série), sua meta era acabar com um mundo de Super-Soldados. Com seu mordomo colocando uma bomba no carro que carregava o resto dos Apátridas que haviam sido presos (matando os últimos do tipo conhecidos), podemos dizer que ele também pode dormir com mais essa conquista no currículo. O melhor de tudo, é que ele ainda pode fazer muito mais futuramente.

No fim das contas, a 2° dose da expansão da Marvel Studios agora no universo televisivo, se prova mais uma vez bem sucedida em dar espaço à quem não pode brilhar tanto, ou mesmo, para aprofundar quem já tinha potencial para isso. A série da dupla dinâmica ainda poderia render ainda mais com uma possível 2° temporada, mas ainda teremos de ver quais são exatamente os próximos passos de ambos, ainda mais com o anúncio de que o novo Cap terá agora seu próprio filme, que já pode servir exatamente para isso. 


De qualquer forma, isso ainda cheira muito bem! 

Por: Riptor

Fonte: CinePop

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