sábado, 21 de agosto de 2021

"Always Ask: What If?"

 

O Post a Seguir contém Spoilers Eventuais, Esteja ciente Disso


Não é novidade que já fazia um tempo que 'Marvel' & 'animações' não eram duas coisas que rendiam. O que tinha pra janta, eram animações travadas, desinteressantes (umas aí pareciam que eram até feitas em Flash, porque PQP), além do fato de servirem mais como mera propaganda para os filmes, do que para qualquer outra coisa. Felizmente, parece que com What If, agora há realmente a oportunidade do estúdio compensar esses anos duvidosos, com base no que já foi visto em seus primeiros 2 episódios.


O conceito básico, você com certeza já sabe: se aproveitando que Loki abriu as porteiras de vez para o Multiverso, a animação brinca com as possibilidades de o que poderia ter acontecido no MCU, se tivesse acontecido isso, ou aquilo. A começar com um básico, envolvendo Peggy, e se ela tivesse se tornado uma super-soldado, no lugar de Steve, em uma releitura dos eventos de Primeiro Vingador (que não só traz uma nostalgia), como um constraste de diferenças  divertido, ainda que de forma tímida. Você já deve ter visto alguns tendo críticas eventuais a isso quanto ao primeiro episódio, mas eu pessoalmente compreendo, que algo mais simples de começo (para apresentar a idéia básica ao público), poderia ser necessária, para que a série pudesse se soltar mais nos seguintes. Não é todo mundo que é como a gente, que fica diariamente por dentro de notícias, e informações.

O piloto realmente se apresenta assim como um grande resumo do que ainda vai vir, o que em momento nenhum chega a ser um demérito. Como dito, ainda há um constraste de algumas diferenças divertido de reparar (como já vi notarem), o próprio entre Peggy, e Steve, quanto à ser um Super-Soldado. Se o último era apenas um rapaz com muita boa vontade (que gastou um tempo se submetendo à treinamento militar), Peggy não só já era uma respeitada militar, como uma agente com anos de treinamento. Até por isso, é natural perceber como ela consegue lidar com seu upgrade físico mais rápido, e de certa forma, até resolver problemas do primeiro filme do Capitão, com bem mais rapidez (e com menos danos) que o próprio Rogers do universo regular. O que naturalmente implica em mais algumas mudanças no rumo daquela realidade específica, como o fato dela recuperar o Tesseract logo no início do episódio, fazendo com que a H.I.D.R.A. tivesse de trabalhar de formas diferentes, assim como o próprio governo americano. 

Por consequência do que eu falei, no segundo episódio a série já se mostra bem mais aberta ao seu potencial de fato de forma clara, ao explorar um 'E Se?' naturalmente mais inusitado: T'Challa se tornando o Senhor das Estrelas, ao lado não só do próprio Yondu e dos Saqueadores (que o sequestraram da Terra por engano no lugar de Quill), como de outros nomes que são consequências diretas, dessa mudança de curso. Já no começo mesmo, para mostrar que não é uma mera recapitulação de Guardiões da Galáxia, Korath não só de fato sabe quem é o tal Star-Lord, como também é um assumido do mesmo. Ele até acaba entrando pro time, por conta disso. 


O próprio Yondu e até mesmo Thanos, também se mostram claramente distintos, apesar de ainda manterem certos traços do universo base do MCU. A convivência do primeiro e seu grupo com T'Challa, realmente os tornou uma ajuda para o mesmo ser (como é dito no próprio episódio) uma espécie de 'Robin Hood', e o Titã Louco não apenas foi convencido a rever seus planos de 'equilíbrio' do universo (apesar dele mesmo dizer que seu plano era bom), como acabou se juntando a aquele time inusitado, além é claro do relacionamento desse Senhor das Estrelas com Nebulosa, e a consequência do Colecionador ter tomado o espaço deixado. Tudo construído pela grande base daqui, vista no universo regular: diferente de Quill, T'Challa sempre esteve apto para ser um líder

Diferente do primeiro, aliás, esse segundo eu vi legendado, como você já deve imaginar porque. É um misto de felicidade, e ao fim ainda um pouco de tristeza, ver Chadwick Boseman claramente se divertindo nessa versão alternativa, feita realmente à sua maneira (um detalhe a mais), que com certeza faz diferença. Também é válido dizer que apesar de tudo parecer um mar de rosas nessa realidade, a série não deixa de ressaltar que sempre haverá um contraponto para certas mudanças, como lembrado na crítica do Plano Crítico (no caso, Ego não desistiu de encontrar o seu filho) e como o Quill daqui naturalmente não teve sua trajetória que modificou o seu modo de pensar, claramente se aliará ao pai. Como O Vigia diz, no final: esse encontro representará literalmente, o fim do mundo

No fim das contas, 'O Que Aconteceria Se' (ainda prefiro 'E Se..?') é de fato um bom novo norte para as animações da Marvel, onde apesar das (óbvias, claro) conexões com os filmes do estúdio, consegue funcionar de fato de maneira própria, e com as próprias pernas. Um primeiro episódio que apesar de básico, é eficiente (e seguido por um ótimo segundo episódio), que mostra o real potencial que há aqui. Esse é só o aquecimento, para o começo dessa brincadeira de Multiverso.


Por: Riptor

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