sábado, 9 de outubro de 2021

Always Remember: Just one Question is Enough

 

O Post a Seguir contém SPOILERS, então caso ainda não tenha Visto, leia por sua Conta & Risco 


E eis que aqui estamos mais uma vez, para fechar mais uma leva de discussões envolvendo Marvel e suas séries, na forma do último post de What If, pelo menos por enquanto. Quem sabe alguém se lembre, mas admito que de primeira lá atrás, até pensei se eu faria mesmo ou não esses (que acabaram com esse sendo 4) posts sobre essa série, até por ser algo mais 'descompromissado', digamos assim, para a cronologia do MCU. Mas se você está lendo isso, você sabe que eu no fim das contas fiz, e realmente, eles se deram melhor do que eu imaginava. Até ainda pelo esquema que eu adotei aqui, de mais de 1 episódio. 


Como eu comentei no primeiro desses posts (em 21 de agosto), não é novidade que já fazia um tempo que a Marvel deixava e muito a desejar, quando se tratava de animações, já que elas deixavam claro que não tinham investimento nenhum, ou muito menos vontade de pelo menos tentar fazer algo mesmo, vindo de seus envolvidos. What If era realmente a oportunidade do estúdio compensar esses anos duvidosos (ainda mais com um começo forte), e é justo dizer que ainda que em seu meio, tenha ocorrido alguns pesares, e que havia ajustes que poderiam ter sido feitos, não houve esse desleixo, pelo menos do jeito que já foi antes. E com isso, vamos falar da reta final, afinal.

Após o episódio do Doutor Estranho, eu já imaginava que viria em seguida algo mais leve, que eu esperava que fosse o do Thor mesmo (mas ai eles fizeram com Zombies), e no fim, episódio 7, Thor. No caso, se ele tivesse sido filho único, já que Odin aqui decidiu devolver Loki para os Gigantes de Gelo, e com isso, podemos ver de fato o quanto isso já foi o suficiente para a mudança das coisas, com um Deus do Trovão muito mais inconsequente, mimado, e que te faz ver como o Loki no fim das contas, foi basicamente um 'remédio' para evitar esse charope aqui, que dessa vez tem de lidar nem que seja um pouco, com as consequências que causa ao sair por aí festejando pelos planetas. Acaba sendo justamente, parte da graça.

O episódio também acaba explorando esses 'ajustes' em outros personagens, vide o próprio Loki (que ainda mantém no fundo sua  personalidade não confiável), ou mesmo Maria Hill, bem mais autoritária, do que visto nos filmes. No meio ainda, temos a Capitã Marvel, que faz o favor de surrar esse Thor mimado, e com a batalha entre eles sendo de longe, a melhor parte do episódio. E digo mais, ele apanhou foi é pouco. 


E é isso, o episódio do 'Party Thor' é divertido, em poucas palavras, e realmente abraça o absurdo que a animação disponibiliza, para isso (aliás, precisamos de mais Howard o Pato nos filmes), Marvel. E até engana, quem achava que enfim haveria um final feliz. Só para no fim, aparecer um certo alguém, para novamente estragar a festa. 

Falando no tal responsável, o que dizer do Ultron, no episódio 8. Bom, que se já não fosse título de um filme, esse poderia se chamar realmente de 'Era de Ultron', mesmo. Seguindo a ideia do simples questionamento do que ocorreria se o robô genocida tivesse conseguido vencer os Vingadores, ele não só consegue transferir sua inteligência artificial para o corpo que eventualmente teria se transformado no Visão, como realmente extermina grande parte da raça humana, e povoando o planeta teoricamente 'pacificado', com suas versões. Como se o cenário já não fosse ruim o suficiente, quando Thanos aparece em sua busca pela joia da mente, ele também acaba ido pro ralo, e Ultron decide pegar as joias dele, e coloca as mesmas em seu corpo, o que faz com que ele decida estender sua missão de “paz”, para todo o universo.

Ele literalmente vai de planeta em planeta, destruindo tudo que acha nos mesmos, e então passando a literalmente a ouvir o Vigia entre as realidades, e decidindo perseguir ele para acessar todo o Multiverso, e levar seu legado de destruição para todas as linhas do tempo. Ainda assim, a ​chance de dete-lo ainda se mostra presente na Terra, graças à Natasha, juntamente com a mente robótica de Arnim Zola. Ultron definitivamente é uma ameaça aqui (não atoa o Vigia enfim decide interferir), e é ótimo ver o mesmo sendo mais bem usado nesse sentido.


Com isso, chegamos de fato a grande conclusão no episódio 9, com a reunião dos Guardiões do Multiverso para deter Ultron de uma vez por todas. E ainda que seja também um bom episódio, é justo dizer que tanto as qualidades (que ainda são predominantes) quanto os pesares da série até aqui, ficam igualmente emergentes.


Já houveram momentos que a duração dos episódios pode ter sido um calcanhar de aquiles para a produção, e esse tem seus momentos para ressaltar isso, no roteiro. É só ver quando enfim o Vigia decide interferir, onde ele não perde tempo mesmo, e já vai catando (literalmente) quem ele precisa pra deter o Ultron de uma vez, e para garantir que o episódio não perca muito tempo com isso. Sim, o foco (como deveria ser) é justamente a reunião do pessoal dos episódios passados, mas querendo ou não ainda há um clima de pressa, como se houvesse um temor dos produtores, de não conseguirem entregar a encomenda no fim do dia. 


Vou nem falar do detalhe envolvendo a Gamora, que acabou não conseguindo ter seu episódio terminado a tempo por causa da pandemia, e sendo assim jogado para a temporada seguinte. Ainda que tenha sido por motivos maiores, não deixa de ser meio estranho ver um personagem que não foi previamente apresentado, marcando presença. E convenhamos, que tem umas decisões no meio ali, no mínimo questionáveis mesmo (oi Killmonger, sério), será que trazer ele pra 'ajudar', realmente parecia uma boa idéia, vide tudo que ele já tinha feito no universo dele? Ou o Vigia estava agindo mais na emoção, do que na razão e sendo muito otimista com ele, ou parece que realmente ele queria garantir mais sarna, pra se coçar.

Mas ainda que o roteiro tenha problema nesse sentido, o forte do episódio acaba ainda compensando esses detalhes. A Marvel Studios definitivamente já demonstrou saber trabalhar com equipes de heróis, e isso é uma herança que a animação sabe aproveitar, seja nos confrontos (mais uma vez a ação se mostra um forte da série) ou nas interações entre eles. Veja a própria Carter, que acaba até ganhando um pouco mais de desenvolvimento, vide a amizade criada com a Viúva, ao melhor estilo Soldado Invernal, da mesma forma que ocorreu com Steve. Ou mesmo a conversa sobre as perdas que tanto ela quanto Strange sofreram, envolvendo seus entes queridos. Ainda que não seja perfeito, a lição de casa mínima ainda consegue ser entregue, de forma satisfatória.

No fim das contas, What If (mesmo com altos e baixos no decorrer de sua 1° temporada), foi o que parecia ser em seu início: a Marvel enfim percebendo outra vez, que o seu cenário animado mereceria começar a ter um tratamento melhor, com uma animação realmente divertida de se acompanhar. Pode não ter sido um Vingadores: Os Super-Heróis mais Poderosos da Terra, ou um O Espetacular Homem-Aranha, mas ninguém pode negar que foi um avanço se comparado a coisas como Vingadores Unidos, Ultimate Spider-Man, ou mesmo Marvel's Spider-Man (2017), e seus momentos de animação pavorosa, que parece que realmente foi feita em Flash. Há, em outras palavras, de fato carisma aqui.


E claro, há espaço para melhora na já confirmada 2° temporada, e nada que alguns ajustes de roteiro em especial, não possam resolver. Quem sabe um aumento na duração dos episódios, talvez. Porque com certeza, a série tem os ingredientes para crescer ainda mais no futuro, seja com mais reimaginações de filmes ou séries do MCU, ou mesmo porque não, realmente com suas próprias histórias. 


Afinal, realmente uma questão, pode mudar tudo.

Por: Riptor

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