E eis que sim, colegas: enfim chegamos ao final de Gavião Arqueiro, após uma jornada de 6 episódios, ao longo de 5 semanas. Juntamente a isso, esse episódio também é justamente o final desse primeiro ano televisivo da Marvel Studios (que englobou mais 4 séries) e algo que também é válido, claro, de relembrarmos ao longo do post. Então, vamos nessa!
Naturalmente, a expectativa em cima da season finale era alta, em especial porque diferente do que ocorreu anteriormente nas séries passadas, esse episódio 6 teve 1 hora de duração para poder amarrar as deixas, já devidamente anexadas pelo episódio passado. Porque sim, ainda que não tivesse afetado a qualidade final ou a jornada de tudo, tanto WandaVision quanto Falcão e o Soldado Invernal tiveram algumas arestas que poderiam ter sido polidas na reta final (essa primeira foi afetada em especial pela pandemia, vale lembrar), já que teve literalmente um episódio cortado. Do outro lado, Loki não passou por isso (e contando por fora), What If também teve problemas, por causa de duração de episódio. E Gavião, deixou isso (pelo menos nas séries em live-action), empatado, enquanto também teve no fim das contas, o final mais fechadinho de todas até aqui. É, dimensões menores tem outras vantagens acompanhadas.
A série protagonizada por Clint & Kate sempre teve desde o começo uma mira menos alta, menos megalomaníaca, mas por outro lado, ainda com a mesma garantia de acerto (e conforme ressaltado por exemplo por uma crítica do Plano Crítico), o que mais poderíamos esperar do episódio de encerramento, do que justamente o clímax da parceria desses 2, justamente a alma do programa? E é exatamente isso que é entregue. Um episódio que é basicamente uma grande sequência de ação focada nisso, enquanto aquele clima descompromissado não é perdido ainda assim, e acompanhado de mais algumas adições, que por mais esperadas que fossem, não deixam de ter seu valor. Ora, Clint enfim reconhece Kate como sua parceira, uma árvore de Natal gigante literalmente cai, e um festival de Agasalhos virando teste de alvo deles, tem como ser melhor que isso?
Como eu já tinha chegado a comentar antes logo no primeiro post da série, diferente do que uns estufavam o peito precocemente, Clint não foi um 'coadjuvante' no próprio seriado. Estávamos é diante de alguém que ironicamente queria ser exatamente isso, após sempre ter sido deixado de escanteio nos Vingadores, para poder ficar com a família. Alguém que se sentia ressentido com essa ideia de usar um título de 'super-herói', quando se esteve ao lado literalmente de deuses & super-soldados, ao ser apenas "o cara do arco & flecha". E com a única pessoa que era mais equivalente a ele naquele time (Natasha) já não estando mais entre eles. Um Gavião Arqueiro permeado de dúvidas, que no fim das contas, achou um caminho para acreditar que ele era de fato um herói não apenas por fora, graças a Kate, que ao mesmo tempo, saiu de uma garota apenas dislumbrada por tudo aquilo, para alguém não apenas com espírito, mas com a maturidade para ser agora, uma heroína de fato. Muito satisfatório ver que no fim, foi exatamente isso que foi a série.
Ao mesmo tempo, novamente o peso sempre devido ao sacrifício de Nat colocado em jogo, com Clint e Yelena se enfrentando, mas com a última ao fim, chegando a seu modo de perdão – ou ao menos, compreensão – com o mesmo, antes de partir. E claro, Vincent D’Onofrio agora sim em carne & osso na tela como Rei do Crime, impondo aquela mesma presença, e com um desfecho que claramente engana, que acabou por ali. Porque sim, caso você não saiba, nos quadrinhos (em um arco praticamente idêntico ao da série, apenas trocando Clint pelo Demolidor) Eco chega a dar um tiro em Fisk, o que faz com que o poderoso chefão fique cego por um tempo. Junte ainda que a câmera sobe naquele momento, então não chegamos a ver o disparo de Maya de fato (e com o próprio fato da personagem devendo ganhar sua própria série), e fica bem claro que é bem improvável que tenhamos visto o grandão pela última vez ali. Pode ter certeza que ele vai aparecer na série dela, e com certeza bem menos amistoso.
E ah, claro. O episódio também serviu ao final de tudo (com Kate acompanhada de Lucky sendo convidada para passar o Natal com a família de Barton) após a mãe ser presa, para confirmar as teorias de que sim: a esposa de Clint, Laura, chegou a ser uma agente da S.H.I.E.L.D., onde aquele tal relógio muito claramente indica que ela é a Agente 19, vulgo Harpia. E sim, mais um tapa na cara de Agents of S.H.I.E.L.D., mas você já devia estar acostumado com isso, a esse nível do campeonato.
"De vez em quando, você cruza com alguém que simplesmente o torna melhor, em todos os sentidos” |
No fim das contas, ao melhor estilo natalino, Gavião Arqueiro acabou muito bem – e com potencial para mais, caso seja a idéia de Kevin Feige & Cia. Ao longo da série, Clint Barton evoluiu como personagem, e mostrando ao fim o valor que o meme do 'GaviGod', vai ter de agora em diante. Ao mesmo tempo, mais personagens novos, e claro que com o maior deles sendo a própria Kate Bishop, que com certeza já é um dos maiores trunfos dessa nova leva. Sim, você pode dizer que toda essa aventura semanal não vai afetar o MCU em grande escala, ou algo do gênero. Mas não é como se a série tivesse se vendido, como algo que não pretendia ser.
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E ainda que com alguns detalhes a serem observados aqui ou ali em separado em cada caso, o primeiro ano televisivo da Marvel Studios pode ser considerado ao fim da corrida, bastante produtivo. Seja com um desenvolvimento mais que bem vindo para rostos já conhecidos (de Wanda de fato como a Feiticeira Escarlate) à um novo Capitão América, a todo um leque de novos cidadões, que você gostou de simpatizar, ou simplesmente odiar mesmo, está valendo. E até mesmo um passo para melhoras no setor animado, olhe só. Além, é claro, das sempre famosas deixas para mais.
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