Escopo maior, mais qualidade, e menos quantidade. De acordo com relatório exclusivo do The Hollywood Reporter, essa é a nova estratégia da divisão de filmes originais da Netflix, liderada por Scott Stuber.
O site aponta que a plataforma está lutando para operar diante de uma mudança de cenário, relacionada especialmente à queda de assinantes (foram 200 mil apenas no último trimestre) e ao crescimento contínuo da concorrência.
Múltiplas fontes consultadas pela reportagem, que vão de executivos a produtores e empresários, dizem que a plataforma que está tentando recuperar espaço após a divulgação de resultados chocantes em 19 de abril, onde perdeu 44% de seu valor de ações.
Como resposta, a Netflix tomou medidas de corte de custos, com a TV ganhando espaço (recentemente, Stranger Things 4 se tornou o maior lançamento de língua inglesa da historia da plataforma).
Ao mesmo tempo, a divisão de filmes infantis e familiares foi muito prejudicada, assim como a de projetos independentes, que sempre trabalhou com orçamentos estimados em US$ 30 milhões.
Nesse momento, há a intenção de fazer filmes maiores, melhores e em menor quantidade.
“Filmes pequenos vão desaparecer. O objetivo será fazer a melhor versão de algo em vez de baratear por uma questão de quantidade.”
Declarou uma fonte.
Co-CEO da Netflix, Ted Sarandos apontou “grandes filmes eventos” como Agente Oculto e Entre Facas e Segredos 2 como uma maneira de impulsionar a plataforma. Ambos terão exibições limitadas nos cinemas.
Uma coisa parece certa: A era de projetos que receberam sinal verde anteriormente apenas por “vaidade”, seja animação ou live action (como O Irlandês, de Martin Scorsese), provavelmente acabou.
“Essa tendência de fazer qualquer coisa para atrair talentos e dar-lhes carta branca está desaparecendo.”
Obviamente, haverá exceções, pois estamos falando de Hollywood, mas, em essência, a nova estratégia parece ser marcada por uma palavra: disciplina.
POR:Marcilio
FONTE:Ovicio
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