<h1> FM Fics: Tempos Sombrios – Parte 2 </h1>

 

No capítulo Anterior: 

https://fmarvell.blogspot.com/2023/01/fm-fics-parte-1.html?m=1

- Ah...

- Bom dia, Bela Adormecida 

- Vai se....ora! - Respondeu Eddie, após um susto. Ele estava em sua cama ainda tentando acordar, pelo menos até Venom fazer o serviço.

- Mesmo dividindo o mesmo espaço por tanto tempo, você ainda se assusta comigo...não sei se considero isso incrível ou só engraçado. Rs. 

- Guarde essa sua língua pra se gabar de outra coisa, você queria o que? Eu mal acordo, e já me deparo com você. Ah, deixa pra lá.

Eddie então se dirigiu ao banheiro para escovar os dentes, antes de ir em direção  a cozinha. Anne já estava acordada, ao estar assistindo TV.

- Bom dia.

- Bom dia rapazes - Respondeu ela. 

- Obrigado - Respondeu Venom, ao reaparecer. - Ela sempre lembra que eu existo.

- Venom, cala essa boc...hey! - Respondeu ele. O Simbionte lhe deu um pequeno tapa em sua nuca, como forma de provocação.

- Você leva tudo muito pro pessoal, sabia humano ranzinza? 

- Vamos fingir que você não é muito diferente dependendo da situação. Enfim, vai querer o que aqui?

- Pão de queijo.

- Quantos? - Perguntou Eddie. Venom apenas respondeu com um sorriso malicioso.

- Você sabe que não é o único que come aqui, né?

- Tá bom, 3. 

- Sabe que dia é hoje, aliás? 

- Domingo. Dia onde a órbita desse planeta parece diminuir a velocidade. 

- Eu vou ter de entregar algumas fotos que tirei recentemente, ai aproveitamos pra bater perna, por conta disso. O que acha?

- Boa idéia

- Gostaria de ir com a gente, Anne?

- Não se preocupe comigo, eu fico aqui hoje. Mas podemos sair sábado que vem.

- Ótimo. Até mais tarde.

- Até mais tarde. 

Eddie então já estava do lado de fora de sua casa, enquanto aproveitava o leve vento que estava presente, antes de ir aonde precisava. 

- E Venom, lembra: sem 'fast-food' no caminho.

- Você quem manda. Mas, e se por acaso estiverem com uma vítima...uma criança...

- Você só pensa nessas possiblidades pra ter a desculpa pra comer bandidos.

- E aonde está o erro nisso?

- "Bom dia a todos. Após ser base de rumores nos últimos meses, foi confirmado que há a alta possibilidade de testemunharmos a execução de uma pena de morte no país, envolvendo o serial killer Carlos Kasady" - Dizia o noticiário na TV naquele momento. "Nascido em Santa Maria, Kasady tem uma longa ficha criminal desde os 7 anos. Ele está atualmente preso na Penitenciária Nelson Hungria, Belo Horizonte, mas pode ser que já esteja aproveitando seus últimos dias de vida por lá". 

Anne olhava com atenção para a TV. Naquele momento, ela ainda demonstrava sinais de medo só de ouvir aquele nome, ao mesmo tempo que, de alguma forma, sentia alguma espécie de alívio. - "O Governo do Rio de Janeiro foi o único a se pronunciar até o momento, admitindo que caso seja feito, será visto como uma garantia de segurança nacional. Nos últimos meses, já haviam relatos de que haviam questionamentos sobre a real segurança de deixar Carlos preso, mesmo em uma penitenciária de segurança máxima. Mais informações do caso, a qualquer momento durante a nossa programação" 

"- Minha mãe me dizia que não devíamos responder certos atos desejando o mesmo para certas pessoas. A grande questão era que ela falava justamente de pessoas. Não de monstros", pensava Anne, enquanto tomava seu café. - Acho que eu também vou sair em volta do bairro um pouco. Vai ser bom pra mim - Dizia para si mesma, enquanto demonstrava um sorriso, antes de desligar a TV.

- Ok pessoal, um de cada vez - Dizia enquanto isso o Homem-Aranha, ao estar no meio de alguns jornalistas. Seu foco, no entanto, mudaria um pouco após isso.

- Opa, quem você é garotinha?

- Meu nome é Jessica.

- Belo nome - Dizia ele, enquanto via a menininha sorrindo. - Pode me dar um autógrafo?

- Claro! Onde quer que eu assine? - Perguntou o herói. A menina então mostrou a ele um bonequinho do Homem-Aranha, que continha um pedaço de papel colado para isso. 

- E pensar que eu não tenho nem 1% de participação nos lucros desses licenciados - Ironizava, antes de assinar o brinquedo. - Muito obrigada! O meu pai também é um grande fã seu, tchau.

- Ótimo ouvir isso. Se cuide. 

- Eu adoro crianças.

- Pensa em ter filhos? - Perguntou um jornalista. Pedro ficou meio sem jeito com a questão, antes de decidir se retirar. - Acho que também deu a minha hora, até mais!

- Vou te falar, as vezes esses jornalistas vêm com umas pergunt..

- Que perguntas? - Perguntou uma voz atrás do herói, que tomou um leve susto. Era Melissa.

- Ah, olá, jornalista que eu, por acaso, conheço - Ironizava Pedro, ao se recompor. 

- Oi pra você também rs. E então, que perguntas estavam fazendo, afinal?

- Eh, nada demais na verdade. Imagino que você veio com eles.

- É, mas eu prefiro tomar certa distância nesses casos, por segurança. Além do mais, me dá uma certa vantagem em alguns casos, como agora.

- Bom movimento. 

- Aliás, você poderia devolver isso pra Fernanda? Eu não pude fazer isso antes - Apontou Melissa, ao entregar um livro. 

- Ah sim, ela mencionou que tinha te emprestado, pode deixar, eu já estava indo mesmo. Bom te ver - Declarou o mesmo, antes de apertar as mãos de Melissa antes de se virar.

- Igualmente. E, Pedro...

- Sim?

Melissa fez então uma certa cara para baixo, ao apontar para sua câmera. O Homem-Aranha entendeu sem grandes problemas.

- Ah, claro. Então, quer que eu faça alguma pose..

- Apenas seja...o Homem-Aranha, certo? 

- Ok, bem específica você - Brincou o herói. Melissa então tirou as fotos que precisava, antes de abraçar o mesmo.

- Valeu amigão! Te devo uma! 

- Hehe, claro, claro, você paga a próxima pizza quando a gente e a Fernanda for sair outro dia. 

- Justo rs.

- Doutor?

- Doutor? 

- Ah, me desculpe, Ellen. Estava pensando em outra coisa - Respondeu Michael à funcionária da universidade. O mesmo olhava fixamente para seu celular, ao ainda ser um pouco  assombrado pela ligação que recebeu algum tempo atrás. Ainda assim, ele preferiu se focar em outra coisa, quando recebeu uma ligação familiar.

- Boa tarde Professor

- Acho que já poderia dizer 'boa noite', já são 18H00! Rs. Ao que devo a ligação, Pedro?

- Mais para dizer um olá mesmo. Tenho de admitir que a Ellen me disse que você parecia estar um pouco estranho.

- Entendo. Não se preocupe comigo, rapaz. São apenas as situações de sempre. 

- E...

- Sim?

- Aqueles trabalhos que eu fiz...eu consegui recuperar a nota?

- Se for para você dormir melhor hoje, sim rs. Eu sei que você se sai bem nas minhas matérias, mas você me disse esses dias que teve questões por fora daqui que dificultaram um pouco pra você. Fique tranquilo.

- Ótimo ouvir isso do senhor. Agora eu vou ter de desligar.

- Sem problemas. Até.

- Até - Respondeu Pedro, ao desligar o celular. Ele estava na frente de um pequeno prédio, enquanto Fernanda vinha em sua direção.

- Desculpe o atraso, é o que acontece quando se pega ônibus.

- Relaxe rs. Então, é aqui o lugar que você me disse? 

- Esse mesmo. Você vai gostar - Dizia ela, enquanto o puxava pela mão, antes de entrar no lugar que tinha arrumado.

- É bonito mesmo.

- Não poderia deixar de ser - Dizia, enquanto olhava para o lado para procurar algo, aparentemente. Naquele momento, Pedro acabou indo em direção à porta.

- Ah, Fernanda.

- Sim?

- A porta tá...trancada? - Questionou Pedro. A garota naquele momento se virou para ele, com um certo sorriso. Sim, aquele tipo de sorriso.

- Porque eu ainda me surpreendo com isso...

- Boa pergunta..rs - Respondeu, ao em seguida se aproximar do mesmo, ao o colocar contra a parede.

- Você não acha que é um pouco abusada as vezes não? 

- Levando em conta que o meu namorado é o Homem-Aranha...acho que tenho esse direito de ser, um pouquinho.

- Ok, eu vou aceitar esse argumento. Dessa vez...rs - Respondeu com risos, Pedro, enquanto os dois se aproximavam um pouco mais.

- Dessa vez, é? Rs. Sei, vou fingir que acr...

- Ah, b..

- Já sei, já sei - Respondeu Fernanda, ao ouvir a sirene dos bombeiros na rua. Aquela conversa dos dois teria de ser adiada, mesmo que por um tempinho. 

- Você trouxe o traje?

- Na dúvida, eu sempre deixo ele na minha mochila.

- Quer que eu vá com você? 

- Pera, você também trouxe o traje?

- Na dúvida, eu sempre deixo ele na minha bolsa.

- Só me pergunto se pelos mesmos motivos que eu...enfim, relaxa, eu vou lá, e já volt...

- Só seja o herói, mocinho. Eu não vou a lugar nenhum rs.

- Tá bom rs.

Com isso, Pedro rapidamente se vestiu, antes de se retirar do quarto pela janela, para acompanhar os bombeiros. Fernanda, enquanto isso, decidiu abrir sua bolsa, onde estava o seu traje.

- De certa forma esse imprevisto foi bom. Sempre é mais divertido com o traje....rs.

Por: Riptor