CEO da Epic Games, Tim Sweeney anunciou durante a Unreal Fest deste ano que a companhia começará a cobrar pela utilização da Unreal Engine fora do desenvolvimento de jogos eletrônicos.
O motor, nesse momento, é gratuito, com a Epic cobrando uma taxa de royalties de 5% quando um jogo arrecada mais de US$ 1 milhão. Mas, a Unreal Engine acabou se expandindo também para uma variedade de aplicações, e se popularizou nos últimos anos em produções de Hollywood, como nas séries de Star Wars (especialmente The Mandalorian e Ahsoka), auxiliados pelo Volume, e esse tipo de utilização não resulta em royalties. Com base nisso, Sweeney diz que a companhia mudará para um modelo "baseado em assets" – no qual as empresas pagam uma licença para cada funcionário que o usa, semelhante aos produtos da Adobe:
"Temos um motor que é completamente gratuito para qualquer pessoa usar, mas se você nunca está enviando um produto que é portador de royalties, então você nunca paga nenhum dinheiro. Isso não afeta os desenvolvedores de jogos, mas uma das coisas que vamos mudar no próximo ano é para outras indústrias, como a automobilística e assim por diante. Planejamos um modelo de licenciamento de software corporativo baseado em assets para a Unreal Engine", declarou. "Ainda não temos termos para anunciar, mas eu só queria divulgar isso para todo mundo por transparência, já que vamos passar para um modelo como esse. Não será extraordinariamente caro ou extraordinariamente barato, mas se você estiver construindo um produto fora da indústria de jogos e não pagar royalties sobre ele, você sabe, será um software licenciável como Maya ou Photoshop, ou o que quer que seja."
De toda forma, os termos não mudarão para os desenvolvedores de jogos, que ainda poderão usar a Unreal Engine gratuitamente até ganharem US$ 1 milhão em royalties. A partir disso, como mencionado, a Epic tem direito a 5% do valor.
Por: Riptor
Fonte: O Vício
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