domingo, 3 de março de 2024

FM Fics | Eu Trabalhava em uma Fábrica de Brinquedos

 



Para aqueles que ouvirem a esse relato, meu nome não importa. Se é que já importou, nesse caso. Eu trabalhava em uma fábrica de brinquedos relativamente conhecida no passado. Talvez você possa imaginar qual. E se não, bem...acho que isso seria uma coisa boa. Algumas coisas merecem o esquecimento. O mesmo já não pode ser dito de suas histórias.


Playtime Co. Uma fabricante de brinquedos de expressivo sucesso, mesmo com eles sendo relativamente mais caros. Era um nome fácil de lembrar, assim como seus produtos. Me recordo de quando vi uma vaga de emprego deles em um cartaz, ao lado do restaurante que costumava ir. Entrei lá em 83, onde fazia um pouco de tudo. Um teto para consertar, eu estava lá. Ver as linhas dos brinquedos, eu estava lá. Pedir material novo, eu estava lá. Mas, ainda que voltasse toda semana para trabalhar lá, algo me incomodava. E não era apenas pelo meu salário não ser o mesmo que estava no meu contrato, ou mesmo as centenas de cláusulas de confidencialidade. Mas eu ainda entenderia o porque.


Talvez eu não ligasse tanto pra isso até certo ponto, porque eu precisava do dinheiro de toda forma. Mas admito, aquele lugar sempre me passou uma sensação estranha para uma fábrica de brinquedos. As vezes, me sentia observado, mesmo que não houvessem câmeras na minha vista. Da mesma forma, os poucos superiores que eu tinha algum contato real, pareciam fazer mais do que eles diziam. Por falar em superiores, em 84, um pouco menos de 1 ano desde que me tornei um funcionário, Elliot Ludwig fizera uma visita programada. Era ele o fundador daquela empresa, e essa foi uma das únicas vezes que pude ve-lo presencialmente, já que ele era conhecido por ser bastante reservado, apesar de sua voz ser reconhecida em discursos e comerciais na televisão. Ele já era relativamente velho, mas tinha realmente uma espécie de magia no modo que ele falava. "Não há nada mais gratificante para minha alma do que ser motivo do sorriso de uma criança. Ser a faísca que acende todas as suas esperanças e sonhos. Devemos tudo a estas crianças. Esta empresa e seus brinquedos não são nada sem eles". Era contagiante. Era, motivador. Parecia como se fosse uma relação de avô com seu neto. E pensando nisso, sua ida à sua própria companhia, em março de 84, era especial: estava lá para anunciar a inauguração de um novo departamento. 


Para minha surpresa, se tratava de um orfanato ligado a Playtime. Ele dizia que uma criança nunca deveria ser deixada de lado, e que sempre deveria ter alguém para confortá-la "quando vir um monstro em seu armário". Alegria, inspiração e sorrisos a todas as crianças que entrarem no orfanato, até o dia que encontrassem uma família que pudesse ser tão acolhedora quanto. Naquele dia, eu não conseguia não pensar que aquele homem não tinha apenas o dom de falar bonito, mas demonstrava isso ao vivo e a cores. Tentei ao menos cumprimenta-lo para parabenizá-lo de tais ações, e consegui chegar até o mesmo para dizer, enquanto ele conversava com alguns homens de branco. Todos eles pararam de falar no momento que me viram. Mas ele, no entanto, não me cumprimentou. Ao invés disso, se virou, apontou seu olhar para mim, sorrindo, antes de dizer calmamente: "Volte a trabalhar". E tão calmamente quanto entrou, ele saiu para a sua sala, acompanhado daqueles homens, enquanto eu sentia uma espécie de baque de expectativas. Parece que até o 'bom samaritano' da Playtime, também tinha seus assuntos que ele preferia conversar fora do alcance da maioria.

 

De toda forma, continuei minha rotina de trabalho por lá nos anos seguintes. Ainda que a própria fábrica servisse como uma "ponte" para o orfanato, era como se eu só pudesse vê-lo como outros fora dali, de forma distante. Aliás, era estranho como, diferente de outros locais que eu tinha acesso, nunca ouvi nada sobre vagas de emprego para uma área tão importante. Simplesmente, parecia que as vagas já estavam preenchidas com antecedência, no dia da inauguração. Mas foi em um dia de 87, que admito não me recordar qual, que eu vi, enquanto já me locomovia para fora da empresa, um aviso na porta daquela área, declarando que haviam "vagas disponíveis". Imaginava que não haveria nada da qual poderia ser adequado, mas ainda assim, eu quis dar uma olhada. Para minha surpresa, uma daquelas vagas clamava por um "assistente de reparos", algo que eu estava acostumado a ser. Deixei então meu nome na área de interessados. No dia seguinte, voltaria para lá ciente que tinha sido um dos aprovados. Eu poderia ter agora uma ciência de fato de como funcionava aquele orfanato - isso se eu ainda assinasse mais uma cláusula.


Diferente das outras vezes, eu realmente quase questionei sobre isso - sério, cláusulas em um orfanato? Mas, eu sabia como isso iria terminar. Falando do local em si, ele era relativamente grande de fato. Na verdade, não tinha como não olhar para aquilo, se não como quase uma 'mini-vila', com áreas de lazer, dormitórios, e até mesmo uma área escolar. Ainda que meu trabalho fosse específico, não pude deixar de questionar naquele dia, o mais importante: aonde estavam as crianças? O homem de branco que me acompanhava respondeu dizendo que elas estavam "fazendo atividades", e que as irmãs estavam supervisando. Que diabos de 'irmãs'? Antes que eu pudesse questionar, no entanto, levei um susto quando do meio do escuro, surgiu uma daquelas...coisas. Eles a chamavam de Senhorita Delight.


- As crianças estão respondendo bem as atividades propostas, dizia aquela boneca humanoide. Ela tinha o tamanho de uma mulher adulta, cabelos dourados brilhantes, e uma gravata borboleta no topo da cabeça. Ela era uma das "professoras" criadas pela Playtime para tomar conta das crianças - agora eu entendia porque as "vagas" de emprego haviam sido ocupadas antes tão rapidamente. Aquilo não parecia totalmente um boneco, mas tão pouco era gente. Ela olhou pra mim, perguntando, com aquele sorriso sempre exposto: "Você parece inquieto, senhor, está tudo bem?" Eu apenas respondi com um gesto positivo da cabeça, enquanto o homem que me acompanhava respondia a ela dizendo que eu estava ali para consertar algumas coisas, antes dela se retirar. Quando ela o fez, fiz questão de questionar. Ele apenas me respondeu dizendo que elas haviam sido projetadas pelo próprio Elliot Ludwig, "juntando seu amor por brinquedos, e pelas crianças", em pró do novo setor. Apenas me fiz de tonto nesse momento - porque se eu já estava lá, minha mente só conseguia pensar que aquele era o momento de tentar descobrir realmente sobre o que era isso tudo no caminho, quer eles quisessem ou não.


Entrei em uma parte dos dormitórios para fazer o meu serviço, e aquele homem decidiu me dar um pouco de sossego, se retirando para um compromisso. O trabalho ali consistia em tapar algumas frestas em alguns cantos, como se algo tivesse atravessado as paredes. Eu continuei a não ver qualquer sinal de crianças, nem mesmo vozes ou algo do gênero, enquanto trabalhava. E mesmo que tivessem me dado uma "explicação", aquele lugar que parecia doce e acolhedor nas palavras de seu fundador, continuava a passar o clima de desconfiança do resto da fábrica. Foi nesse momento, que ouvi um estalo vindo atrás de mim, como se fosse alguém saindo de uma cama. Olhei para trás, mas não via ninguém. Questionei para ver se havia uma resposta, até que ela veio em minha direção. Uma criança, afinal.


Seu nome era Theodore Grambell. Não devia ter mais do que 7 anos, cabelos e olhos castanhos, uma camisa xadrez azul, além de segurar uma pelúcia roxa. Tentei ser amigável, mas ele não parecia muito de falar. "Você não devia estar com os seus amigos?", questionei. Ele respondeu de forma tímida que estava com seu amigo, antes de me ouvir. Mas o que me saltava aos olhos era o quão franzino aquele garoto era - mesmo usando aquela camisa, era visível que ele era mais magro do que uma criança nessa idade deveria ser, eu poderia literalmente contar os ossos da sua coluna. O questionei novamente: "Acho que você precisa comer mais, garoto. Vai acabar nem ficando de pé!". Eu tinha trazido algo comigo, e decidi oferecer ao mesmo. Ele parecia surpreso com isso, antes de aceitar. Foi dessa forma que pude vê-lo realmente sorrindo, mesmo que de forma tímida.


"Você, não é daqui, não é?", ele perguntou. Respondi que de fato, era a minha primeira vez ali. Ele continuou dizendo: "O meu amigo também percebeu isso". "Aonde ele está?", questionei. Theodore se resumiu a dizer que seu amigo "não gostava de aparecer". Foi nesse momento que aquele homem reapareceu, destacando a presença dele ali. - Ai está você Theo, se escondendo de novo? O sorriso que havia posto naquele menino sumiu naquele instante, enquanto ele parecia não estar interessado em sair dali. - Eu não quero ir. - Faz parte das atividades, Theo, você vai sim. - Eu não vou! - Pare de teimar garoto [ele o segurou fortemente pelo braço], enquanto ele berrava. - EU NÃO QUERO! NÃO DEIXA ELE ME..Coff, coff...Não!; Até perguntei se trata-lo daquele jeito era necessário, mas o homem se restringiu a responder: - Esse é apenas um garoto meio mal-criado, não é mesmo Theo? Mas um dia ele vai entender que isso tudo é para o bem dele. Uma Senhorita Delight então apareceu, sobre as ordens de levar Theo com ela, enquanto o via arranhando as paredes para tentar não ir. Novamente questionei sobre seu estado magro, e claro, sobre seu amigo. Novamente, as respostas foram mais indelicadas do que justificáveis.


- Theo é apenas um garoto birrento, senhor [ ], não se preocupe com isso. Ele também precisa aprender a socializar mais com as outras crianças, o que é meio difícil quando ele leva esse seu amigo imaginário a sério demais. Agradecemos por acha-lo, mas pode voltar ao seu serviço. 


"Pode voltar ao seu serviço", depois daquilo, não soava tão fácil quanto aquela fala mansa queria me propor. Em meu pouco contato com Theo, não havia nada que remetesse ao que foi descrito para mim. Ele parecia desiludido, assustado, e mais pertinente ainda: ciente de algo. Quando eu fiquei novamente sozinho aonde estava, ouvi outra vez aqueles estalos, mas desta vez me dirigi até aonde estava a cama que pertencia a Theodore, ao notar seu nome marcado. Havia mais alguém ali além dele antes. E eu tive essa resposta ao virar para trás lentamente, em meio ao escuro. Um braço, com uma mão que parecia ser feita de alfinetes, adornado com fios vermelhos e componentes metálicos, e como se não bastasse, com um osso humano exposto. Ele não ficou ali por muito tempo, e rapidamente desapareceu em alguma abertura. No entanto, ao lado da cama do menino, pude notar um desenho cravado no chão, feito por ele. Theodore estava desenhado em cima da cama, sorrindo, enquanto aquela garra aparecia por debaixo dele. Aquela merda poderia ser tudo, mas com certeza não era imaginária.


Eu poderia ter ligado para a polícia a esse ponto. Eu deveria. Mas era a Playtime, não é como se não fossem conseguir colocar isso tudo para debaixo do tapete - lembra da porra das cláusulas? A coisa mais fácil do mundo seria eles me transformarem no vilão. Mas não é como se eu fosse ficar calado. Eu já havia entendido que tinha que ser "frio" nesse momento: continuei meu trabalho, e continuei fazendo outros por uns meses, antes de pedir a minha demissão. Se eu tivesse feito isso naquele mesmo dia, poderia ficar muito óbvio para eles o motivo. Mas antes do dia que isso aconteceu, fiz um relato para um colega de confiança que também trabalhava naquela fábrica. Ele já havia se acostumado com aquela sensação estranha de trabalhar por lá, mas ele também ficou incrédulo com outros relatos que fiz nesse período. Não podíamos apenas fingir que estava tudo bem. Ele então me prometeu uma coisa: continuaria trabalhando na fábrica por mais algum tempo, tentando descobrir mais sobre tudo isso, e quando conseguisse, me enviaria o material. Talvez você possa pensar que isso não soa corajoso da minha parte deixa-lo fazer isso sozinho, mas eu só atrapalharia tudo. Eu fui frio para fazer isso funcionar, mas não saberia por quanto tempo eu conseguiria continuar sendo na frente deles. Nós faríamos isso do jeito certo.


Aquela imagem criada por Elliot Ludwig nem sempre foi de toda errada. Seu entusiasmo por brinquedos e crianças era visto por ele como algo de valor pessoal - mesmo que isso custasse seu próprio casamento, em um divórcio silencioso que não rendeu muitas páginas nos jornais. Já conhecia a outra história do mesmo período, envolvendo o falecimento trágico de um familiar próximo à ele. Alguns dizem que ele chegou a se trancar na própria mansão por 3 meses, e não falava com ninguém. De certa forma, continuar com sua fábrica, com seu entusiasmo em torno disso, poderia ser quase uma terapia para aquele homem. O sucesso astronômico que veio com isso, soava em um espaço de tempo, apenas realmente uma fileira de números. Mas as vendas dos brinquedos eventualmente se tornariam o combustível para que ele tentasse desafiar o que o assombrou antes. E o que poderia ser visto como uma terapia, agora seria uma obsessão. Afinal, porque uma fábrica de brinquedos precisaria de um laboratório em baixo dela?


Ele superou o divórcio, mas nunca superou aquela morte. Ele começou testes, alternativas, meios. Tudo começou com ratos mortos em potes, conforme descrito em anotações em seu antigo escritório. Mas ele presumiu que precisava de corpos maiores. Se lembra do orfanato? Um local que poderia oferecer melhor tal coisa, sem gerar suspeitas. Crianças eram trazidas das ruas, alimentadas, teoricamente "ensinadas" em testes...iludidas, de que seriam adotadas. Mas o destino para aquelas que não caíssem nesse processo, seria unicamente serem cobaias, protótipos, presos. Elliot queria resultados, agora como um homem que vestia uma máscara social na frente das câmeras do que já foi de fato sua face, escondendo assim um homem que perdeu a noção daquilo que um dia, já o fez sorrir honestamente. E ainda assim, o sorriso daquele filho da puta era convincente no fim do dia. Mas nem isso impediu por completo, que o mundo chegasse a ter uma prévia disso. 

(12:24-13:35)

Imagine acordar de manhã com uma dessas no jornal. Só se falava disso nas semanas seguintes, ainda mais com depoimentos de vizinhos do mesmo, que alegavam que ele sempre voltava para casa tarde da noite, e voltava ao trabalho antes do nascer do sol. Se foi um deslize infeliz do mesmo, ou o resultado de mais alguém ciente da realidade, talvez nunca saibamos. O fato é que Ludwing não chegou a ser preso, mas sua imagem pública foi severamente prejudicada, apesar de todas as tentativas da empresa em reverter a situação, enquanto ficava ainda mais recluso, em meio a mais questionamentos que vinham com isso. Como se não bastasse, ainda houve o famigerado episódio do "toque de recolher" de uma das pelúcias que eram vendidas, CatNap. Ele era de uma linha de pelúcias chamada Smiling Critters, que soltava fragrâncias doces para as crianças - só que em seu caso, houve uma adulteração que o fez soltar um gás vermelho que causou pesadelos intensos nas pobres almas que o compraram. Hoje eu sei que esse era o gás usado em um dos processos experimentais da Playtime, e que ele jamais deveria ter saído de lá. Em meio a dois episódios tão polêmicos, você já pode imaginar para onde foram as ações da empresa.


Houve cortes grandes de funcionários, mas eles não pararam com os experimentos. Eles intensificaram alguns, queriam criar empregados de grande porte que nem precisariam ser pagos para trabalhar, apenas sustentados com o básico. Segurança na entrada, durante os testes das crianças, no orfanato...e entre eles, eu soube daquele garotinho. Transformado justamente na pelúcia que ele segurava: um gato roxo, com um falso sorriso permanente, do qual ele nunca poderia mais tirar, e tão magro quanto na vez que o vi. E liberando de sua boca, após ter seu esôfago substituído por uma bolsa de ar, o gás, que tanto assombrou outras crianças. Por incrível que pareça, a Playtime ainda ficou de pé dessa forma por mais alguns anos.


Como mencionado no início desse relato, o meu nome não importa. O nosso nome não importa. Por mais que isso possa não reverter ou compensar de nenhuma forma, em nenhuma capacidade, tudo que ocorreu...qualquer um com acesso a isso merece saber a limpo o que presenciamos, do que descobrimos. A Playtime não existe mais, mas essas e outras histórias de crueldade desumana não irão sumir com ela. Pois se houver ainda quem se envolveu com isso por aí, essas pessoas merecem pagar. Eles não só tiraram vidas de pessoas. Eles a transformaram em infernos, no momento que seu dono achou que poderia brincar de Deus. Ele, especialmente, deveria ser o mais cobrado para pagar.


Mas eu e meu colega que me ajudou nisso, nós sabemos que ele não vai, infelizmente. O homem que mencionei em meu relato, e vários outros, também não vão. Porque o que eles fizeram, teve uma consequência, em 8 de agosto de 1995. Na noite do que deveria ser uma festa organizada por seu fundador, que envolveu o alto escalão, e a maioria de seus funcionários, honestos ou não, inocentes ou não, e qualquer outro ser humano que ali estivesse. Foi um caso que ninguém da polícia soube exatamente o que aconteceu, e ficou em aberto. O meu colega conseguiu sair naquele dia, e com ele, trouxe uma filmagem do sistema de segurança, e do que realmente houve naquele dia, que marcou o fim da Playtime Company.


Eu não sei no que cada um que poderá ver isso que relatei acredita, mas irei dizer sem pestanejar. Elliot Ludwig, eu não faço idéia aonde você estaria agora depois daquilo. Mas eu espero, profundamente, que você esteja no fundo mais baixo do Inferno, no ponto mais quente...ou talvez, melhor, frio do Inferno. Pois eu espero que você esteja sentindo, desde aquele dia, uma mínima fração de tudo que você fez tantos sentirem, por sua causa. O que você fez aquele garotinho pagar, por sua causa. Você merecia ainda sofrer neste plano, e ser julgado pela justiça dos homens.


Meu nome não importa, fui um funcionário da Playtime. Eu pensava que trabalhava em uma fábrica de brinquedos. Mas como os resultados de Elliot Ludwig fizeram questão de mostrar a ele naquele último dia, durante todo esse tempo.

Eu trabalhei em um abatedouro.


Por: Riptor

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