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Com destaque especial para o Robô Recruta, eis que o 3° episódio de Comando das Criaturas continua a fazer seu trabalho de expandir o DCU, através da própria história do personagem. A mais evidente, claro, é a sua conexão com o Sgt. Rock e sua Companhia Moleza, que eram vistos por ele como sua família enquanto realizava sua grande diretriz - matar nazistas.
Se cria assim a trama de seu auge, mas também de todos os seus problemas - afinal, o que um robô que mata nazistas faz quando não há mais nazistas? Em uma sequência de flashbacks, o Robô acorda 20 anos após a guerra no laboratório de William Magnus, e ocasionalmente pergunta pelos militares. Com forte ligação com o governo, Magnus sequer faz ideia de quem foram eles - deixando o destino dos mesmos no pós-guerra desconhecido. Eles morreram? Sumiram em missão? Magnus apenas não conhece um grupo de dezenas na guerra? E por que o Robô Recruta não lembra o que aconteceu?
A própria cronologia do Sargento Rock nos quadrinhos é confusa: há relatos que afirmam que ele foi morto no último dia da guerra, mas a DC também publicou histórias nas quais o sargento atua no pós-guerra (colaborando com o Esquadrão Suicida, por exemplo), e interagindo com personagens como Batman e Superman. Em outras histórias, o seu destino trágico ao fim da guerra até é mantido, mas Rock acaba sendo ressuscitado para realizar missões secretas para o governo - o que inclui uma desventura na misteriosa Ilha Dinossauro.
Se pegarmos como base a história A Nova Fronteira (do qual James Gunn já declarou ser uma de suas influências), há um capítulo que se passa justamente durante a Segunda Guerra Mundial, que segue um grupo de soldados chamado de "Os Perdedores", em uma missão de resgate de Rick Flag Sr., em uma ilha isolada e inóspita, da qual ninguém havia retornado. Ao chegarem ao local, Os Perdedores deparam-se com dinossauros e outras criaturas bizarras e sucumbem um a um, deixando seus feitos registrados apenas em uma parede de uma caverna. Na verdade, Rick Flag Sr., cujo resgate era a missão dos Perdedores, é o único sobrevivente.
A ilha em questão, aliás, era o grande vilão de A Nova Fronteira: O Centro, uma entidade extraterrestre que se estabeleceu na Terra muito antes do surgimento da humanidade, e habitou por eras camuflada como uma ilha isolada no oceano. A primeira detonação de uma bomba de hidrogênio chocou a entidade, revelando a capacidade autodestrutiva da espécie humana. Diante dessa ameaça, ela decidiu abandonar o planeta, mas não sem antes tentar erradicar a vida humana para salvar o lugar que considerava seu lar. Se o Centro for o grande vilão do DCU, o já confirmado filme do Sgt. Rock poderia, em uma abordagem mais fantasiosa, adaptar a história dos Perdedores, mas usando a Companhia Moleza - se aproveitando justamente do mistério envolvendo o paradeiro do grupo no pós-guerra.
A própria aparição de Magnus também deixa possibilidades em aberto, já que o doutor, que se anuncia como engenheiro, diz que os dados que está coletando de Recruta vão ser importantes para um "grande projeto". Ao fundo da cena, um quadro com plantas de robôs é visível - deixando claro que os eventuais Homens Metálicos dos quadrinhos, aqui tiveram influência do Robô Recruta para serem feitos.
De toda forma, ao lado de seus novos companheiros de equipe, G.I enfim pode realizar novamente o que tanto queria uma última vez - já que infelizmente, ele acaba sendo destruído por Circe logo em seguida, antes da mesma ser vencida - e parece confirmar que há bem mais por trás de seu ataque. Mas isso é história para outro episódio.
Por: Riptor
Fonte: O Vício
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