O YouTube anunciou apoio ao projeto de lei No Fakes Act, reintroduzido nesta quarta-feira (9) por congressistas dos dois principais partidos dos Estados Unidos.
Em publicação oficial, a plataforma também revelou que está expandindo um programa piloto voltado para identificar e gerenciar conteúdos gerados por inteligência artificial que utilizem semelhança digital — incluindo rosto e voz — de criadores, artistas e figuras públicas.
“Há quase duas décadas, o YouTube lidera a gestão de direitos em larga escala, e entendemos a importância de colaborar com parceiros para enfrentar esses desafios de forma proativa”, afirmou Leslie Miller, vice-presidente de políticas públicas da empresa. “Agora, estamos aplicando essa expertise para garantir o uso responsável de ferramentas de IA inovadoras.”
O No Fakes Act visa garantir que indivíduos tenham controle sobre o uso de suas identidades digitais, limitando práticas como deepfakes e clones de voz gerados por IA. Apesar de ter sido apresentado no ano passado com apoio bipartidário, o projeto não avançou no Congresso.
Com o avanço das tecnologias de IA e investimentos bilionários por parte de gigantes como o Google, crescem também os debates éticos — especialmente em comunidades criadoras de conteúdo como o YouTube. Durante o último evento Made On YouTube, a empresa anunciou medidas reforçadas para evitar abusos com IA.
O projeto é liderado no Senado dos Estados Unidos por Marsha Blackburn (R-TN), Chris Coons (D-DE), Thom Tillis (R-NC) e Amy Klobuchar (D-MN). Na Câmara, os responsáveis são Maria Elvira Salazar (R-FL), Madeleine Dean (D-PA), Nathaniel Moran (R-TX) e Becca Balint (D-VT).
Miller agradeceu aos parlamentares pelo apoio e afirmou que a proposta “está alinhada com nossos esforços contínuos para proteger criadores e o público, refletindo nosso compromisso com um futuro em que a IA seja usada de forma responsável.”
POR:Marcilio
FONTE:Ovicio
