domingo, 31 de agosto de 2025

Frankenstein | Filme de Guillermo del Toro tem Boa Aceitação com a Crítica

 



Após sua exibição no Festival de Cinema de Veneza, a aguardada versão de 'Frankenstein' idealizada por Guillermo del Toro já começou a ter suas primeiras críticas divulgadas por parte da imprensa. 



No Rotten Tomatoes, por exemplo, a nova adaptação estreou no agregador com 78% de aprovação, com base em 18 avaliações - atualmente, a média se mantém a mesma, com base em 23 reviews. De forma geral, a versão do icônico cineasta mexicano da história (que se tornou conhecida como "o projeto do sonhos" do mesmo) recebeu elogios por seu talento estilístico característico, reforçando temas que se tornaram um cartão de visita para o trabalho do roteirista e diretor, ainda que não isento de falhas.


"Essa suntuosa releitura de Frankenstein, feita por um artesão que desafia o gênero, honra a essência do livro, que não se trata tanto de terror puro, mas sim de tragédia, romance e uma reflexão filosófica sobre o que significa ser humano. Há visuais de cair o queixo por toda parte, e uma narrativa em escala épica, de beleza, sentimento e arte incomuns" - Hollywood Reporter



"A melhor maneira de descrever Frankenstein de del Toro é indulgente. É uma produção que claramente del Toro teve a palavra final, e na qual nada foi deixado na sala de edição. Apesar de sua duração um pouco opressiva de 149 minutos, é impossível se incomodar com um filme tão deslumbrante quanto este. Há imagens de tirar o fôlego da Criatura contra o horizonte, ou mesmo de um tule manchado de sangue. Além disso, algumas escolhas de atuação ousadas de [Oscar] Isaac ou de [Jacob] Elordi parecem cada vez mais raras no cenário cinematográfico seguro de hoje" - Inverse



"O estilo visual do filme é inconfundivelmente o de del Toro: imagens cuja beleza luxuosa ressalta a reverência do filme pelo material de origem e por si mesmo. O diretor realiza uma mudança narrativa para o ponto de vista da própria criatura, permitindo que ele narre suas próprias experiências após escapar do laboratório de Frankenstein. Essa mudança é o relâmpago que dá ao filme vida" - The Guardian



"Quando finalmente lhe é dada a oportunidade de dar vida ao seu favorito de infância, del Toro joga tudo o que pode na tela. Este é um universo em que torres balançam sobre precipícios, e mulheres usam vestidos impossíveis na neve. Assim como em A Forma da Água, del Toro não esconde de quem é a sua simpatia, e quem são os verdadeiros monstros" - Time Out



"Mantendo-se fiel ao material original, del Toro quer explorar aqui o trauma que nos forma, a capacidade da humanidade para a crueldade, a morte que causamos a nós mesmos através da guerra e a catarse do perdão. Embora seja um banquete para os olhos e repleto de excelência em atuação, seu ritmo também pode frustrar" - GamesRadar+



"Se del Toro não chega a reimaginar significativamente o material de origem, ele certamente compensa isso investindo emoção e paixão claros a esse projeto. Quando Frankenstein tenta a delicadeza emocional, o roteiro ocasionalmente desajeitado e direto prejudica alguns momentos mais tranquilos" - Screen International



"Uma montagem grande, suculenta, brilhante e cara do clássico de Mary Shelley para a Netflix, Frankenstein tem em Elordi uma vigilância silenciosa a este monstro, se tornando a sua própria alma. Se você procura um filme de monstro de época sólido, quase de carvalho em sua robustez, não precisa bater na madeira para garantir que del Toro manteve isso vivo" - IndieWire



"Sem dúvidas também devemos dar algum crédito a Jacob Elordi. O ator faz com que o despertar da criatura, sua crescente curiosidade e dor, pareçam frescos, vitais, novos. Quaisquer que sejam suas falhas, o diretor preencheu seu Frankenstein com aparentemente tudo o que ele ama, e isso reflete suas próprias obsessões. Parece o trabalho de um verdadeiro louco - e a verdade é que essa é realmente a única maneira de alguém fazer um filme de Frankenstein" - New York Magazine/Vulture



Além disso: em meio à discussão global sobre o avanço da inteligência artificial, del Toro esclareceu que seu Frankenstein não é uma metáfora sobre a tecnologia. Em uma coletiva de imprensa no Festival de Cinema de Veneza, o diretor ressaltou que a obra se aprofunda em temas mais humanos: "Vivemos em uma época de terror e intimidação, sem dúvida. E não há tarefa mais urgente do que permanecermos, em uma época em que tudo empurra para um entendimento bipolar da nossa humanidade", afirmou o diretor. Ele explicou que o filme se concentra em personagens imperfeitos, abordando o direito que temos de errar e de nos entendermos mesmo nas circunstâncias mais opressivas. 

Em uma declaração bem-humorada, del Toro disse: "Não tenho medo de inteligência artificial. Tenho medo da estupidez natural, que é muito mais abundante"



Frankenstein terá uma estreia limitada nos cinemas a partir de 17 de outubro, antes de ser lançado globalmente na Netflix em 7 de novembro. No caso do Brasil, a exibição nos cinemas irá ocorrer em 23 de outubro, sobre distribuição da O2 Play.



Sabemos que a plataforma de streaming investiu cerca de US$ 120 milhões no projeto.



Por: Riptor

Fonte: O Vício; Rotten Tomatoes

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