Durante a Tokyo Game Show, Koshi Nakanishi (diretor) e Masato Kumazama (produtor) tiveram a oportunidade de comentar sobre a construção de Resident Evil Requiem.
Os desenvolvedores chegaram a compará-lo com um clássico da franquia:
“Acho que é possível classificar, de forma geral, os títulos de Resident Evil em uma escala que vai de Resident Evil 2 até Resident Evil 4. Resident Evil 7 definitivamente ficou mais próximo do lado do 2, pois retornou às raízes do survival horror e foi muito elogiado por isso. Resident Evil Village construiu sobre isso, adicionou mais ação e tiroteios, aproximando-se do lado de Resident Evil 4 dessa escala específica”, disse Nakanishi. “Mas, se continuássemos nessa direção, há quase um efeito de inflação, onde é preciso adicionar cada vez mais ação para superar o título anterior, e acabamos nos posicionando onde Resident Evil 5 e 6 chegaram. Embora ainda sejam ótimos jogos, o consenso é que levaram a franquia tão para o lado da ação que deixou de ser horror".
Como resultado, Requiem está “balanceando a escala” para o lado de Resident Evil 2, como “quase uma versão aprimorada”. Kumazama apontou que era importante encontrar um equilíbrio entre diversão nostálgica e acessibilidade para novatos: “Achamos importante equilibrar a diversão extra que você obtém com easter eggs, pistas e conexões de lore, caso seja fã da série, mas sem tornar o jogo alienante para quem não está por dentro. Não quero que as pessoas sintam que precisam estudar para apreciá-lo plenamente. Então, se você não sabe nada sobre isso, irá experimentá-lo como um jogo de horror ambientado em uma cidade arruinada, conseguindo entender e curtir 100%. Por outro lado, se é fã e percebe todas as conexões, irá aproveitar 150%, com um nível extra de detalhes. Mas, não queríamos que fosse necessário conhecer o incidente e entender o relacionamento entre as linhas do tempo para compreender a história".
Além disso, Nakanishi admitiu que a maior dificuldade envolvendo esse processo foi avaliar o impacto do medo: “Fizemos tantos desses jogos que já não conseguimos dizer sozinhos se algo ainda era assustador. Honestamente, isso é algo que percebemos quando o público reage. Antes de mostrar Resident Evil Requiem no Summer Game Fest e na Gamescom, havia esse receio interno: 'Será que ainda é assustador?' Porque nós também lidamos com esse tipo de dúvida".
Por fim, quando questionado se algo chegou a ser cortado do jogo por ser “demais”, Nakanishi disse não se lembrar de nada retirado após implementado, mas citou uma ideia que quase entrou: “Chegamos a conversar sobre Grace ter a perna rasgada ou cortada por uma criatura, mas mudamos de ideia. Então provavelmente ela não vai passar pelos mesmos problemas que Ethan teve com as mãos.”
Por: Riptor
Fonte: O Vício; MeuPlayStation
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