O diretor de fotografia Adam Greenberg, conhecido por suas colaborações com James Cameron, faleceu na última quinta-feira (30) aos 88 anos.
Nascido na Cracóvia em 1937 e criado em Tel Aviv, Greenberg começou sua carreira em 1958 na indústria israelense, inicialmente como técnico em filmes e, logo depois, como cameraman. Mas foi a mudança para Hollywood que o colocou entre os grandes nomes da cinematografia mundial, a começar por seu primeiro momento de destaque em 1984, com o lançamento de O Exterminador do Futuro. O visual do longa-metragem trouxe um toque neo-noir ao mundo de ficção científica de Cameron, misturando uma atmosfera sombria e um realismo quase documental.
Em uma entrevista, Greenberg relembrou como as restrições orçamentárias naquele caso acabaram forçando-o a ser criativo: “Isso me obrigou a ter muita criatividade. Consegui realizar a maior parte do que planejei usando iluminação e atmosfera, em vez de equipamentos elaborados que não podíamos pagar. Dos meus quatro eletricistas, três eram aprendizes e dois nunca tinham trabalhado em um set antes.”
Ao longo da carreira, o mesmo ainda viria a trabalhar diversas vezes com Arnold Schwarzenegger, incluindo Júnior (1994), O Sexto Dia (2000) e Colateral (2002). Mas o auge certamente veio em 1991, com O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Fotografia.
Em uma declaração para o Deadline sobre a notícia, James Cameron exaltou o colega: "Aprendi tanto com o Adam, não apenas sobre fotografia, mas sobre o espírito da produção independente. Ele se recusava a deixar limites orçamentários inibirem sua visão artística. Adam já tinha feito vários filmes quando trabalhei com ele e o espírito de quem poderia fazer qualquer coisa se tornou um farol para mim desde então, mesmo nas maiores produções."
"Eu vi ele pela última vez alguns anos atrás, quando ele me ajudou no relançamento em 3D de Exterminador 2. Eu tinha discutido com o colorista que os azuis estavam muito roxos em uma cena noturna e precisavam de mais ciano. Adam deu uma olhada na cena, me puxou de canto e disse: 'Jim, você não acha que precisa de um toque de ciano?' Ele se lembrava de um toque de cor depois de mais de duas décadas. Ele era muito preciso. Eu não poderia ter feito os filmes de Exterminador do Futuro sem ele. O talento e espírito dele farão falta", concluiu.
Por: Riptor
Fonte: O Vício; Omelete

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