A DC Comics está encerrando 2025 com motivos de sobra para comemorar: enquanto o mercado de quadrinhos enfrenta desafios constantes, a editora sediada em Burbank vive um momento de glória, impulsionado pelo grande desempenho do selo Absolute e pela força inabalável do Batman.
De acordo com dados compartilhados pelo Hollywood Reporter, a DC está colhendo os frutos de um renascimento criativo sob a liderança de Jim Lee (Presidente e Diretor Criativo) e Anne DePies (Gerente Geral), com números que não eram vistos há anos na indústria. Lançada no final de 2024 sob a supervisão de Scott Snyder, a linha Absolute propôs uma reimaginação radical dos maiores ícones da editora em uma realidade paralela. O projeto não apenas caiu no gosto do público, como também se tornou um titã de vendas.
Até novembro de 2025, a linha Absolute já vendeu ao todo 8,2 milhões de unidades (com Absolute Batman sendo o carro-chefe) ao representar 35% das vendas, com quase 3 milhões de exemplares comercializados. Além disso, sua primeira edição continua esgotando (já se encontra em sua 10ª reimpressão) enquanto que a edição #15 já ultrapassou a marca de 300 mil pedidos antecipados. Acompanhando o sucesso comercial, a crítica também abraçou a iniciativa: Absolute Batman recebeu uma indicação ao Prêmio Eisner de Melhor Nova Série, perdendo justamente para outra prata da casa: Absolute Mulher-Maravilha, de Kelly Thompson e Hayden Sherman.
Se o Universo Absolute vai bem, a linha principal do Cavaleiro das Trevas também não fica muito atrás. O herói continua sendo o porto seguro da editora, ocupando quatro das cinco posições no ranking de títulos mais vendidos. Um dos grandes destaques é a atual fase de Matt Fraction e Jorge Jiménez no título principal, onde a edição #1 vendeu mais de 500 mil exemplares e, contrariando a tendência de queda após o lançamento, as vendas continuam subindo mês a mês.
Para Jim Lee, no entanto, o sucesso não é por acaso, mas sim o resultado da implementação de um planejamento rigoroso. "Se você muda as coisas demais, fica irreconhecível. Se muda de menos, os fãs pensam: 'Qual era o objetivo disso?' O que os criadores fizeram tocou o coração dos leitores. Eles fizeram o impossível".
Outro fator determinante também foi a aposta da DC em novos formatos, como as Compact Comics (coletâneas em formato menor e a preço reduzido) bem como a expansão de distribuição para redes de supermercados dos Estados Unidos, levando os quadrinhos para onde o público está. Por fim, para efeito de comparação direto, cinco dos seis títulos da linha Absolute já superaram os lançamentos de iniciativas anteriores da editora, vide os Novos 52 (2011) e o DC Renascimento (2016).
Por: Riptor
Fonte: O Vício


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