Jamie Lee Curtis hoje pode ser um sinônimo de filmes de terror graças ao seu legado na franquia Halloween, mas existe um clássico absoluto do gênero do qual ela agradece todos os dias por ter ficado de fora: O Exorcista.
Em uma entrevista recente à People, a vencedora do Oscar revelou que quando tinha apenas 13 anos, houve interesse da produção para que ela fizesse o teste para o famigerado papel da possuída Regan MacNeil no filme de 1973. No entanto, ela expressou um grande alívio por isso nunca ter se concretizado.
Curtis contou que um produtor do filme ligou para sua mãe, a lendária Janet Leigh (estrela de Psicose) para sondar a possibilidade de Jamie fazer o teste. A resposta de Janet foi imediata e protetora:
"Eu tinha 13 anos. Um produtor ligou para minha mãe e disse: 'Gostaríamos de fazer um teste com a Jamie para um filme que estamos fazendo sobre uma garota', e minha mãe disse: 'Não'", relembrou. Refletindo sobre o impacto que o filme teve na cultura pop e na vida da atriz escolhida, Linda Blair, Curtis acredita que não teria lidado bem com a experiência na época: "Estou feliz por não ter feito. Acho que eu estaria muito pior [se tivesse feito]. Quero dizer, olha o que aconteceu com a Linda Blair. Ela foi incrível, mas aquilo foi muito difícil. Ela ainda era muito jovem".
Ainda que tenha se tornado um clássico, O Exorcista também ficou marcado por ter tido uma produção conturbada, com a própria Linda Blair até se machucando durante a gravação da cena em que é puxada na cama. Em uma participação na série documental Cursed Films, Blair revelou que as pessoas começaram a ficar com medo dela por causa de Reagan (não conseguindo a desassociar da personagem) e até mesmo a chamando de "menina demônio". Ainda que tenha continuado sua carreira como atriz, o papel acabaria a estigmatizando.
Curiosamente, apesar de ser um ícone do horror, Curtis admitiu que não gosta de filmes de terror e que O Exorcista a assusta profundamente até hoje. A decisão de sua mãe acabou pavimentando o caminho para que, anos depois, ela assumisse o manto de Laurie Strode, papel que definiria sua carreira sem a carga psicológica extrema que o clássico de William Friedkin exigia de sua protagonista mirim.
Por: Riptor
Fonte: O Vício
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