quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Silent Hill | Franquia pode Continuar Explorando outros Países no Futuro

 


Tradicionalmente associada à misteriosa cidade norte-americana, a franquia Silent Hill pode começar a explorar diferentes cenários ao redor do mundo. Após já fazer uma mudança ousada com Silent Hill f (ambientado em uma vila japonesa) a Konami demonstra realmente ter interesse em expandir o horror para outras regiões — incluindo a América Central e do Sul.



Em entrevista ao site Inverse, o produtor Motoi Okamoto afirmou que a companhia avalia a idéia de explorar novos contextos culturais, se aproveitando de folclores e sistemas de crenças locais para criar novas histórias. “Nós acreditamos que poderíamos adotar abordagens semelhantes com outras culturas ao redor do mundo. Por exemplo, na América Central ou do Sul, poderíamos recorrer a crenças mais locais, ligadas ao xamanismo, e ver como isso se conecta. Mas também podemos expandir nossos horizontes e olhar para outras regiões, como possivelmente Rússia, Itália ou Coreia do Sul, porque todas essas áreas têm seus próprios tipos únicos de sistemas de crença. Acredito que seria um caminho para expandirmos ainda mais nossos conceitos".



Ao explicar por que essas regiões chamam atenção, Okamoto destacou o histórico político conturbado de muitos desses países, marcado por governos militares e golpes de Estado. “Essas áreas foram afetadas por muitos governos militares e golpes. Existe um tipo de bravura e ‘machismo’ que surge desses cenários políticos. Ao mesmo tempo, há um lado mais folclórico vindo do xamanismo e das crenças locais".



Ao mesmo tempo, Okamoto reconheceu que levar Silent Hill para esses territórios também traz desafios significativos, especialmente no caso da América Central e do Sul. O principal obstáculo seria a falta de grandes estúdios com estrutura suficiente para desenvolver algo tão ambicioso. “Existe um problema: a América Central e do Sul não têm muitos estúdios de desenvolvimento de jogos de destaque capazes de lidar com uma IP como Silent Hill. Então, apesar de terem muitos filmes, livros e histórias interessantes, como traduzir isso para jogos é algo que ainda precisamos explorar".



Impulsionada em especial pela boa recepção de crítica & público obtida com Silent Hill 2 (desenvolvido pela Bloober Team) e com o próprio Silent Hill f, da NeoBards Entertainment, o estúdio realmente parece ter voltado a ver a franquia como algo importante. Em novembro, em uma declaração fornecida no Fiscal 2026 Konami Group Interim Report, a companhia reforçou a intenção de “continuar trabalhando para entregar títulos” da franquia que sejam “amados pelos fãs ao redor do mundo”, como Silent Hill: Townfall. Desenvolvido pela Screen Burn (Observation) em parceria com a Annapurna Interactive, o game não recebe novidades significativas desde seu anúncio há três anos.



Mesmo assim, um porta-voz afirmou que existem “planos para desenvolver ainda mais essa série daqui em diante”, uma declaração que alimenta rumores antigos de que Townfall possa ser a primeira parte de uma antologia, com outros estúdios independentes assumindo capítulos subsequentes. Além disso, sabemos que a Bloober Team também trabalha em um remake do primeiro Silent Hill.



“Três anos atrás, em 2022, anunciamos três títulos: Silent Hill 2, Silent Hill f e Silent Hill: Townfall. Não queríamos anunciar apenas um remake para ver como os jogadores reagiriam. Queríamos que as pessoas percebessem o quanto estávamos comprometidos em trazer a franquia de volta. Desenvolver um remake e um novo título ao mesmo tempo envolve riscos, mas quisemos mostrar nossa determinação acima de tudo", declarou em outra ocasião Okamoto. “Somente quando um novo jogo é anunciado é que o futuro de uma série pode ser visto. Os jogadores não se sentem motivados a se envolver com uma franquia se não enxergam um futuro para ela. Se a empresa adota uma postura de ‘esperar para ver’, os usuários farão o mesmo. É preciso mostrar seriedade para que o público se empolgue de verdade. Acho que isso é o mais justo".



Por: Riptor

Fonte: O Vício

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