quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Joaquin Phoenix poderia ter sido o Batman

Joaquin Phoenix recentemente interpretou nos cinemas o inimigo mais icônico do Batman. Mas, há uns tempos atrás, o ator poderia ter vivido o próprio Cavaleiro das Trevas.


Acontece que muito antes do Coringa de Todd Phillips, Darren Aronofsky (sim, o diretor de Réquiem para um Sonho)  estava sonhando em escalar o ator como Bruce Wayne. “Eu sempre quis Joaquin Phoenix como Batman”, revelou.

E esse diferente projeto de certa forma soa ironicamente semelhante a Coringa,no sentido que ele também seria uma adaptação de quadrinhos um pouco fora da curva:

“Ouvi o que dizem sobre Coringa,e esse era exatamente o meu argumento para o Batman. Queria gravar no leste de Detroit e em Nova York. Estávamos construindo Gotham. Queria que o Batmóvel fosse um Lincoln Continental com dois motores de ônibus. O Batman seria uma espécie de MacGyver”,disse o diretor.

Mas esse Batman era desenvolvido em uma época obscura para o Homem-Morcego: afinal,ele era um projeto pós-Batman e Robin (que conseguiu a proeza de colocar a franquia na geladeira por quase uma década).
O Batman de Aronofsky começou no fim dos anos 90,até ser cancelado em 2002,dando lugar assim ao Batman Begins de Christopher Nolan,que foi lançado em 2005.

“Na época, infelizmente estávamos sem tempo para nossa ideia”, comentou Aronofsky.

Mas, o que Phoenix teria feito no Batman de Aronofsky? Um monte de coisas...meio estranhas, no mínimo. A história estabeleceria que, após a morte de seus pais, Bruce perdeu tudo, ficando sem teto e morando em uma garagem. O Comissário Gordon estaria aqui profundamente deprimido no início, e considerando até se matar por causa do estado de Gotham.

Mas isto seria antes de sua esposa engravidar e ele decidir salvar a cidade, inspirando Bruce a se tornar um vigilante depois de ver Gordon dar um soco em um homem mentalmente doente para salvar uma criança, em uma reportagem. Selina Kyle, por sua vez, seria amiga de Bruce, ao ser uma prostituta que (somos levados a acreditar) mata um policial corrupto quando ele tenta estuprá-la. Já Alfred seria apresentado como um homem afro-americano chamado “Little Al”,que trabalharia com Bruce na garagem de seu pai (“Big Al”).

E sabe quem fez o roteiro? Frank Miller (que claramente pegava de base Batman: Ano Um). O roteiro teria um tom de Taxi Driver,com o Bruce de Phoenix escrevendo cartas para o pai morto (semelhantes aos diários de Rorschach em Watchmen) que apareceriam  para explicar as motivações de Wayne e a sua abordagem para combater os bandidos de Gotham.

E a sua identidade do Batman seria um dos elementos mais estranhos: sua primeira aparição seria divulgada por um boletim de notícias, relatando sobre uma marca de um morcego que seria “uma referência óbvia ao ocultismo”. Seu traje envolveria uma máscara de hóquei cortada em duas, com dentaduras de aço pintadas de branco e luvas com lâminas de barbear embutidas nelas. Ele injetaria assim nos criminosos uma mistura do que chama de “soro da verdade” e “a pior viagem ácida da sua vida”,que parece mais algo que o Espantalho faria.

Ah, e ele teria espanadores com o sinal de morcego (porque a marca é importante)

É,o Batman de Aronofsky teria sido brutal e maluco,mas a Warner não estava disposta a arriscar tanto, ao entregar a propriedade para Nolan. E como o diretor provou,sim,foi claramente a escolha certa.

Mas,você já imaginou se esse filme tivesse saído? Bom,teria sido no minímo interessante....

Por: Riptor

Fonte: Observatório do Cinema

Nenhum comentário:

Postar um comentário