Hideo Kojima sempre foi um produtor que gosta de fazer coisas diferentes em suas criações. Death Stranding, que está em vias de lançamento, e é mais um exemplo disso.
E durante uma palestra na BAFTA (British Academy Film Awards), Kojima comentou que procura fazer jogos que, de alguma forma, grudem nas memórias dos jogadores:
"Eu simplesmente acho que é bom, pois é consumido muito rapidamente. É como comida: qualquer coisa digerida só vai embora. Não fica no corpo. Mas algo estranho, que não é digestível, fica nele. E você não sabe o que é. O intelecto humano tem esse sentimento: ‘o que é isso?’ Como por exemplo, um filme. Se você gosta muito dele, assiste de novo ou fala com seus amigos sobre. Ou talvez assiste mais uma vez e toma tempo para repensar ele. E você começa a entender seu verdadeiro significado. E começa a virar um corpo real, sua carne e sangue. E fica no seu corpo, como um fluido. Quero criar esse tipo de coisa".
Kojima seguiu comparando as “estranhas” experiências de seus jogos a filmes que fizeram parte da vida dele. Para o japonês, o tempo pode ser bom para as pessoas que não compreendem bem seus trabalhos:
"Eu cresci assistindo filmes ou coisas assim, então faço isso nos jogos. Todo mundo diz que são complicados, mas acho que todos devem apenas mantê-los por cinco ou dez anos, e talvez eles entendam. Eu realmente quero criar essas coisas".
O produtor também afirmou que sem estimulação ou experimentação, não existe espaço para o crescimento. Ele citou novamente a analogia gastronômica para mostrar seu ponto:
"Acho que estimulação é necessária para o crescimento. Você acha coisas das quais não conhece, por isso que cresce. Então com tudo que você sabe ou já experimentou na cozinha, você não crescerá. Ou seu cérebro não crescerá. Não será uma experiência. Algumas vezes quero que as pessoas comam o que é difícil de digerir. Mas quero que tal coisa seja deliciosa também".
Por: Riptor
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