sábado, 27 de novembro de 2021

Christmas on the Way

O post a Seguir pode conter Spoilers eventuais, então fica o Aviso


2021 sem dúvida foi um ano cheio para a Marvel Studios, em especial por sua bem sucedida estreia, agora também no ramo televisivo. Foram ao longo do ano 4 séries (incluindo na conta como 'bônus' What If), e em um consenso geral, a nova ramificação da franquia trouxe não apenas mais espaço para certos personagens, como claro, muitos rostos novos para esse grande quebra-cabeça. Fora, boas discussões sobre seus desenrolares, como não poderia deixar de ser mencionado.


Com isso em mente, eis que temos pra fechar essa rodada com 5, a série do Gavião Arqueiro (que assim como WandaVision), teve os 2 primeiros episódios já liberados de uma só vez. E é justo dizer que após principalmente 2 séries mexendo com Multiverso, é bom no fim das contas ver algo mais contido dessa vez. Afinal, as vezes menos, pode ser mais.


Primeiramente, o personagem seria de fato 'coadjuvante' na própria série? Bem, a irônia é  que seria exatamente isso que ele gostaria, se pudesse. Em todo momento do seriado, se vê essa questão de Clint sempre ter sido deixado de escanteio nos Vingadores, e como ele se sente ressentido com essa ideia de usar um título de  'super-herói', quando se esteve ao lado literalmente de deuses, super-soldados, ou mesmo bilionários voadores. A parte envolvendo o próprio show inspirado na equipe, demonstra isso. E com ele se recordando no meio disso, que a única pessoa que era mais equivalente a ele naquele time, já não está mais entre eles. 


Pensando assim, mais do que nunca, ele gostaria realmente de ser simplesmente o coadjuvante, 'que ninguém olha'. O Vingador que não vende brinquedo, nem marca. Que só quer simplesmente ficar com a família, ainda mais durante uma noite de Natal. Claro, que isso não fica tão fácil de se conseguir como ele gostaria, obviamente (por influência direta da co-protagonista dessa história), mas é seguro dizer que é justamente com esse empurrão, que o personagem eventualmente lidará de fato com isso, para amarrar essas pontas. Ser um protagonista, afinal. Ou melhor, ficar com o posto do co-protagonista.

Mas se por um lado há todo esse receio e dúvidas do Gavião Arqueiro (de certa forma até lembra aliás a própria situação de Tony durante os eventos de Homem de Ferro 3), do outro, há simplesmente energia pura para equilibrar isso, na forma da Kate Bishop de Hailee Steinfeld. Cômica quando quer, e uma verdadeira entusiasta que se inspirou no próprio Gavião (em mais uma conexão envolvendo as consequências da batalha de Nova York), a personagem é facilmente identificável em pouco tempo de tela, enquanto ainda tenta amaducer conforme lida com as situações que se mete (seja aquelas com a Gangue do Agasalho), ou com o próprio padrasto, que já deixou claro ter seus próprios segredos. O resultado ao então unir esses 2, desde já não poderia ser outro, do que outra coisa que parece ser rotineira nesses seriados: boas duplas. Toda a esperada dinâmica de aprendiz e mestre já foi semeada ali, e com certeza as coisas ainda podem ficar ainda melhores, nesse ponto.

No fim, o começo de Gavião Arqueiro ressalta justamente qual sempre foi a graça de produções mais urbanas de heróis de quadrinhos: como o cotidiano pode apresentar dores de cabeça equivalentes, a qualquer ameaça de outro mundo. Clint & Kate não irão lidar com realidades falsas criadas por alguém em luto, super-soldados rebeldes, ou muito menos com uma organização espaço-temporal que fazia um péssimo trabalho. O grande desafio aqui, são um grupo de criminosos de rua, em um quebra cabeça a ser resolvido antes do Natal chegar, de preferência. 


E se dependerem de certos rumores, talvez não se deva subestimar o que isso ainda pode proporcionar. 


Por: Riptor 

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