A 2ª temporada de Jujutsu Kaisen tem enfrentado polêmicas com animadores denunciando o calendário de produção apertado após fãs criticarem a animação dos últimos episódios.
Em entrevista para ComicNatalie, o CEO do estúdio MAPPA (Jujutsu Kaisen, Chainsaw Man, Hell's Paradise: Jigokuraku), Manabu Otsuka deu uma declaração que explica essa agenda lotada.
O executivo quer alcançar o prestígio de estúdios como Kyoto Animation (Violet Evergarden) e ufotable (Demon Slayer) em um curto prazo, por isso o MAPPA vem assumindo muitos grandes projetos.
"Quando pensamos sobre o que poderíamos fazer para alcançar [sucesso], a primeira coisa que precisamos fazer foi aumentar a produtividade. É difícil alcançar a qualidade da Kyoto Animation e ufotable em um curto período de tempo. Seria tarde demais para o MAPPA, um estúdio voltado para o passado, passar entre 20 e 30 anos tentando chegar a esse ponto. Então tivemos que adotar uma abordagem diferente dos estúdios que estão na nossa frente. Pensamos em como poderíamos produzir muito e ganhar experiência, mantendo um alto nível de qualidade e, ao mesmo tempo, construindo a marca para entrar na corrida com os melhores estúdios da história no menor tempo possível.", disse Otsuba.
Embora tenha conseguido prêmios e reconhecimento nos últimos anos, o estúdio ainda possui uma margem de lucro pequena, segundo o executivo.
Vale lembrar que o MAPPA tentou contornar esse problema dos lucros em Chainsaw Man, com o estúdio assumindo inteiramente os custos, sem a participação de um comitê de produção. Mas os resultados não foram como o esperado.
Alem disso:
Durante o evento Machi Asobi, o executivo do Studio Trigger (Cyberpunk: Mercenários, Kill la Kill, Little Witch Academia), Kazuya Masumoto comentou sobre o estado atual da indústria de anime.
Apesar de o entrevistador ter classificado o cenário atual de forma negativa, Masumoto apresentou uma visão mais otimista em sua resposta.
Ele começou citando as conquistas do próprio estúdio para criar um ambiente de trabalho melhor para os animadores, como ampliar o setor de recursos humanos e firmar parceiras com instituições e escolas vocacionais para preparar profissionais que pretendem entrar na indústria.
O executivo destacou que o setor enfrentava discussões mais sérias sobre questões envolvendo direitos trabalhistas, como horas de trabalho e salários, há 10 anos atrás. Ele aponta que uma das razões para isso era o pouco financiamento que as produções recebiam.
Na época, um anime regular de 30 minutos tinha custo de produção de em média US$ 100 mil. Atualmente, o orçamento é o dobro, e pode chegar a três ou quatro vezes mais em produções mais populares.
Masumoto atribuiu essa mudança no financiamento ao crescimento da popularidade global de animes e as parcerias com plataformas como a Netflix. Esse foi o caso do mais novo sucesso do Studio Trigger, Cyberpunk: Mercenários.
POR:Marcilio
FONTE:Ovicio
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