Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, decidiu rebater comentários de que a plataforma de streaming estaria “destruindo Hollywood” após a aquisição da Warner Bros. Discovery por cerca de US$ 82,7 bilhões.
O executivo, em entrevista ao site da Variety, afirmou exatamente o contrário: “Não, estamos salvando Hollywood.”
Na visão de Sarandos, a indústria vive um momento de transição, e a visão tradicional sobre o que significa “fazer cinema” já não corresponde ao comportamento do público atual.
“As pessoas cresceram pensando: ‘Quero fazer filmes para uma tela gigante, com desconhecidos assistindo por dois meses em sessões lotadas…’. É um conceito ultrapassado.”
E usou o próprio desempenho irregular das bilheterias como indicador de um movimento claro do consumidor:
“O que o consumidor está tentando nos dizer? Que ele prefere assistir a filmes em casa, obrigado.”
Sarandos criticou a insistência dos grandes estúdios e exibidores em preservar a tradicional janela de exclusividade de 45 dias nos cinemas.
“Os estúdios e os cinemas estão brigando para preservar essa janela de 45 dias, que está completamente fora de sintonia com a experiência de quem simplesmente ama um filme.”
Nos últimos anos, a companhia já teve diversos atritos com exibidores (e até mesmo cineastas) por se recusar a manter suas produções nas salas por mais de 17 dias antes de levá-los ao streaming.
De qualquer forma, Sarandos continuará apoiando os lançamentos da Warner Bros. nos cinemas após a conclusão do acordo, reiterando apenas que essas janelas de exibição venham a “evoluir” futuramente.
POR:Marcilio
FONTE:Ovicio

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